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O banco central americano aumentou nesta quarta (13) a taxa de juros nos Estados Unidos em 0,25 ponto percentual, para a faixa entre 1,25% e 1,5%.
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A alta, a terceira no ano, já era esperada pelo mercado. A probabilidade, segundo economistas e consultores ouvidos pela agência internacional de notícias Bloomberg, era de 99,3%.
A decisão não foi unânime: dois membros, Charles L. Evans e Neel Kashkari, defendiam a manutenção dos juros na faixa entre 1% e 1,25% ao ano. O Fed projeta ainda três aumentos na taxa em 2018.
Antes desse aumento, o Federal Reserve (Fed, banco central americano) havia aumentado os juros nas reuniões de junho e março.
O aumento ocorre após dados fortes confirmarem a recuperação da economia americana.
O PIB (Produto Interno Bruto) do país cresceu a uma taxa anual de 3,3% no terceiro trimestre, impulsionado por uma recuperação dos gastos do governo. Foi o ritmo mais forte desde o terceiro trimestre de 2014 e representou uma aceleração em relação à taxa de 3,1% do segundo trimestre.
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Foi a primeira vez desde 2014 que a economia teve crescimento de 3% ou mais por dois trimestres seguidos.
A recuperação da economia também é sentida no mercado de trabalho. A criação de vagas, excluído setor agrícola, foi de 228 mil postos de trabalho em novembro. Os dados de outubro foram revisados para baixo para mostrar a abertura de 244 mil empregos, contra 261 mil relatadas anteriormente.
O rendimento médio por hora cresceu 0,2% em novembro, após recuo de 0,1% no mês anterior. Isso elevou o aumento anual de salários para 2,5%, ante 2,3% em outubro.
A taxa de desemprego manteve-se em 4,1%, mínima de 17 anos, em meio ao aumento na força de trabalho.
Esta deve ser uma das últimas reuniões de política monetária da qual participará Janet Yellen antes de ser substituída no cargo por Jerome Powell, escolhido pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Ele vê também poucos riscos de uma inflação que levaria o Fed a elevar os juros mais rápido do que o esperado, e considera o fraco crescimento dos salários como um sinal de que os trabalhadores afastados continuam a ser atraídos para empregos. Com informações da Folhapress.