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Pouco antes de o Congresso argentino iniciar o debate prévio às votações das reformas trabalhista, fiscal e da Previdência (previsto para as 14h locais, 15h em Brasília), o chamado "pacote de ajustes" proposto pelo governo de Mauricio Macri, armou-se uma violenta manifestação nas ruas do centro de Buenos Aires. A sessão foi suspensa.
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Os principais sindicatos (CGT e CTA), organizações sociais e movimentos juvenis kirchneristas começaram os protestos no meio da manhã, quando chegaram oficiais da Gendarmeria que, a princípio, apenas cercaram o local.
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Em solidariedade com os manifestantes, alguns políticos de oposição, como os deputados Victoria Donda, Leopoldo Moreau e Facundo Moyano, abandonaram o Parlamento e desceram para juntar-se aos que protestavam e já haviam começado a derrubar as cercas colocadas em torno do prédio pelas forças de segurança.
Os manifestantes atiraram pedras e garrafas, enquanto os gendarmes respondiam com balas de borracha e jatos de água. Não houve feridos, e a manifestação foi dispersada.
Os sindicatos marcaram uma reunião para decidir se será convocada uma greve geral para a sexta-feira (15).
Enquanto isso, no Congresso, os deputados começaram a debater os projetos de lei do Executivo. Deputados kirchneristas, como Andrés Larroque e Daniel Filmus, disseram que tiveram problemas para entrar no Congresso e ameaçaram retirar o partido das votações por não estarem tendo acesso ao recinto. Ao final, puderam ingressar.
Legisladores da oposição exigiram aos gritos a suspensão da sessão diante da "falta de condições".Em meio à repressão, a deputada governista Elisa Carrió também pediu a suspensão porque "não se pode legislar com esta violência".
O chefe de gabinete, Marcos Peña, declarou que a reforma "é uma boa lei". "Vamos trabalhar com as forças parlamentares para ver o melhor momento" para voltar a discutir isso no Parlamento". O governo considera a reforma fundamental para se reduzir o deficit fiscal. Com informações da Folhapress.