Grife Animale é acusada de trabalho análogo à escravidão

De acordo com o Ministério do Trabalho de São Paulo, 10 bolivianos recebiam cerca de R$ 5 por peças costuradas e faziam jornadas exaustivas em ambiente degradante

© Divulgação/Animale

Brasil Grupo 20/12/17 POR Folhapress

Dez bolivianos foram resgatados nesta terça (19) de três oficinas de costuras em São Paulo e Osasco, cidade da região metropolitana da capital paulista, trabalhando em condições análogas à escravidão para as grifes Animale e a A. Brand, marcas do grupo Soma.

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De acordo com o Ministério do Trabalho de São Paulo, eles recebiam cerca de R$ 5 por peças costuradas e faziam jornadas exaustivas em meio a condições degradantes. As mesmas roupas eram vendidas por R$ 698 nas lojas de luxo da Animale.

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Trabalhavam das 7h às 21h, por vezes até as 22h, com intervalo de apenas uma hora e dormiam no mesmo lugar em que costuravam, um local repleto de baratas e outros insetos, em contato com instalações elétricas que apresentam risco de incêndio.

Segundo o coordenador da operação e integrante do Programa de Erradicação do Trabalho Escravo da SRT-SP, auditor-fiscal Luís Alexandre Faria, todos os elementos juntos configuram trabalho em condições análogas à escravidão, crime contra o trabalhador.

Os trabalhadores receberam R$ 102 mil em indenizações trabalhista e foram encaminhados ao Centro de Referência de Atendimento para Imigrantes da capital paulista.

OUTRO LADO

Em comunicado, a A.Brand e a Animale esclarecem que as marcas não compactuam com a utilização de mão de obra irregular em suas cadeias de produção.

"Todos os fornecedores assinam contratos em que se comprometem a cumprir a legislação trabalhista vigente e a não realizar a contratação de trabalhadores nessas condições", afirmou a companhia por meio de nota. "O caso em questão retrata um episódio isolado, no qual a fornecedora subcontratou os serviços sem o consentimento das marcas", afirma ainda.

As marcas dizem, ainda, que os valores pagos aos fornecedores diretos são exponencialmente superiores aos cinco reais relatados nos meios de comunicação e que realizaram "significativa ajuda humanitária aos profissionais", além de "tomarem as medidas necessárias para tornar ainda mais rigorosa a fiscalização de sua cadeia produtiva". Com informações da Folhapress. 

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