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O primeiro-ministro da França, Edouard Philippe, foi alvo de uma polêmica nesta quarta-feira (20) depois de viajar em um voo privado, que custou 350 mil euros [R$ 1,3 milhão], para voltar mais rápido a Paris de uma visita oficial.
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"Entendo perfeitamente a surpresa e as perguntas que os franceses se fazem, mas assumo completamente a decisão", disse Philippe em entrevista à rádio RTL.
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O premier francês viajou no início de dezembro para Nova Caledônia, um território francês de ultramar, em um voo comercial. No entanto, segundo Philippe, ele teve que retornar para Paris com certa urgência, visto que precisava participar de um Conselho de Defesa e antes de o presidente Emmanuel Macron embarcar para a Argélia.
Durante seu regresso para casa, o premier tomou primeiro um avião do Exército que havia transportado uma parte de sua delegação na ida. Em uma escala técnica em Tóquio, Philippe e sua delegação, composta de vários ministros, embarcaram em um A340 com 100 assentos de primeira classe, alugado para a empresa Aero Vision.
O avião aterrissou em Paris com apenas duas horas de diferença em relação ao fretado pelo Exército. "Sabíamos que não havia voo comercial na hora que tínhamos de voltar. E sabíamos que tinha de voltar por um motivo imperativo, que é que o presidente partia na quarta de manhã, quando estávamos voltando", explicou Philippe, tentando encerrar a polêmica.
A notícia da viagem gerou uma onda de críticas entre membros da oposição que o acusam de desperdício do dinheiro público.
"350 mil euros: [R$ 1,3 milhão] cerca de 300 salários mínimos [franceses] gastos em um voo Tóquio-Paris para evitar uma viagem 'muito desconfortável' para o primeiro-ministro Édouard Philippe… Parece uma mentira, mas não, é a triste e inadmissível verdade", escreveu Florian Philippot, do partido de ultradireita Frente Nacional, em sua conta no Twitter. Com informações da ANSA.