© Ueslei Marcelino / Reuters
O deputado Paulo Maluf (PP-SP), 86, já tem uma cela reservada no presídio da Papuda (DF). O parlamentar deixou a sede da Polícia Federal (PF), em São Paulo, nesta sexta-feira (22), e seguiu para Brasília.
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De acordo com informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP) do DF, a cela em que Maluf deve ficar é coletiva, tem aproximadamente 30 metros quadrados e tem capacidade para abrigar até dez internos.
O local possui camas do tipo beliche, chuveiro e vaso sanitário.
A secretaria não informou quantos ocupantes já estão na cela.
O deputado terá direito a quatro refeições diárias (café da manhã, almoço, jantar e lanche noturno) e duas horas de banho de sol, como todos os outros presos.
Ele poderá cadastrar até dez pessoas para visitas, sendo nove familiares e um amigo -os advogados têm direito a acesso a qualquer momento.
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A cela fica na ala B da Papuda, no bloco 5, que reúne "internos que, legalmente, possuem direito de custódia em locais específicos, como ex-policiais, idosos, políticos, além de custodiados com formação de ensino superior", segundo informações da SSP.
O local conta com "equipe médica multidisciplinar, composta por médicos, psicólogos e dentistas, por exemplo" e, em caso de necessidade, "os custodiados podem ser encaminhados a unidades de saúde fora dos presídios".
Antes de ir para a cela, Maluf passará por exame de corpo de delito.
Ainda não há previsão do horário e dia da transferência do parlamentar de São Paulo para Brasília. Sua defesa entrou com recurso, pedindo para que ele possa cumprir prisão domiciliar, na capital paulista. A ministra Cármen Lúcia, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), é quem vai analisar a solicitação.
REGIME FECHADO
O ministro Edson Fachin, do STF, determinou na terça (19) que Maluf começasse a cumprir pena em regime fechado e perdesse o mandato.
Em maio, o parlamentar foi condenado pela primeira turma do STF a sete anos, nove meses e dez dias de prisão em regime fechado por crimes de lavagem de dinheiro. Ele também foi condenado à perda do mandato e ao pagamento de 248 dias-multa no valor de cinco vezes o salário mínimo vigente à época dos fatos, aumentada em três vezes.
Maluf se entregou na manhã de quarta (20), após negociação com a Polícia Federal.