© Enrique Marcarian/Reuters
O bailarino brasileiro Marcelo Gomes, de 38 anos, se afastou das suas atividades na American Ballet Theatre (ABT), em Nova York, por conta de uma denúncia de assédio sexual. O caso teria acontecido há oito anos, mas chegou à direção da companhia apenas no último sábado (16). A ABT anunciou nesta quinta-feira (21) que iniciou uma investigação independente depois de ter recebido uma carta anônima. A companhia afirmou em nota que "não tolera esse suposto comportamento".
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O caso não teria envolvido mais nenhum integrante ou ex-integranta da ABT. Como cita 'O Globo', até o momento, Gomes não se pronunciou pessoalmente sobre a denúncia. Uma porta-voz do bailarino, Lisa Linden, divulgou um comunicado informando que “este é um momento de reflexão para Marcelo. Ele está grato e fortalecido pelo apoio que vem recebendo da família, dos amigos e colegas”.
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Marcelo Gomes nasceu em Manaus, mas mudou-se para o Rio de Janeiro ainda criança, quando iniciou os estudos de balé. Ele entrou no American Ballet Theatre em 1997, aos 18 anos. Em 2002, Gomes foi promovido a bailarino principal, que é o degrau mais alto da companhia. Reconhecido por sua técnica impecável, ele interpretou os principais papéis em produções como “O lago dos cisnes”, “O Quebra-nozes” e “A bela adormecida”. Além de atuar na ABT, o bailarino se afastou do grupo várias vezes para atuar como solista convidado em produções de companhias russas nomeadas como Kirov e Bolshoi e a britânica The Royal Ballet. Além disso, vinha coreografando para o ABT e é personagem de um documentário, “Anatomy of a male ballet dancer” (“Anatomia de um bailarino”), de David Barba e James Pellerito. O longa-metragem tem estreia prevista em janeiro, em Nova York.