© Paulo Whitaker / Reuters 
Apesar dos esforços do presidente estadual do PT, Luiz Marinho, para conter o movimento, uma ala à esquerda do partido decidiu lançar na noite desta quinta-feira (21) a pré-candidatura do ex-prefeito de Guarulhos Elói Pietá ao governo de São Paulo.
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A articulação contraria o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que manifestou publicamente preferência pela, já lançada, candidatura de Marinho ao Palácio dos Bandeirantes.
Antes da reunião, Marinho foi à Assembleia Legislativa de São Paulo -onde o lançamento ocorreria logo depois- na tentativa de deter o movimento. Para que a candidatura de Pietá seja inscrita, o grupo, que reúne as tendências Articulação de Esquerda e DS (Democracia Socialista), precisa coletar 5.000 assinaturas até o dia 12 de janeiro. A inscrição poderá levar à convocação de prévias partidárias.
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Ao fim de uma reunião na Alesp, o grupo divulgou um texto em que chama de exíguo o prazo fixados pelo PT estadual -que é presidido pelo próprio Marinho- para inscrição de candidatos.
Pouco antes dessa reunião, Marinho sinalizou com uma série de compromissos para debelar essa crise. Marinho se comprometeu, por exemplo, a apoiar a campanha pela reeleição de todos os deputados petistas que não integram sua corrente partidária, a CNB (Construindo um Novo Brasil).
Aos dissidentes, Marinho disse ainda que tem maior condições de unificar o partido que o ex-prefeito Fernando Haddad.
Questionado por Pietá sobre o futuro de Haddad, Marinho afirmou que gostaria que o ex-prefeito concorresse a um cargo em 2018. Mas frisou ter maior capacidade de aglutinação do que o ex-prefeito.
"Se fosse Haddad, eu abriria mão de disputar em favor dele. Mas não é o caso", disse Marinho.
Reunido com os deputados João Paulo Rillo e Carlos Neder, no gabinete de José Américo Dias, concordou ainda em oficializar a candidatura do vereador Eduardo Suplicy ao Senado.
O PT poderá lançar dois candidatos ao Senado. E chegou a marcar o anúncio da candidatura do Suplicy para o início de dezembro.
Existem outros dois petistas interessados em concorrer: a vereadora Juliana Cardozo e o ex-deputado Jilmar Tatto.
Jilmar tem apoio do grupo político de Marinho. Juliana conta com o suporte de outras correntes internas, inclusive Suplicy.
No pré-lançamento da candidatura de Marinho, Suplicy defendeu abertamente o nome de Juliana. Em retaliação, a formalização da candidatura de Suplicy foi adiada.
Essa atitude de Marinho provocou reação de petistas. Nesta quinta-feira, o presidente do PT prometeu reavaliar essa decisão.
Mesmo depois dos acenos de Marinho, o grupo lançou o nome de Pietá para a disputa. Com informações da Folhapress.