© Getty Images / Ian Walton
O doleiro brasileiro Vinícius Vieira Barreto Claret, o "Juca Bala", apontado como um dos operadores financeiros do esquema montado por Sérgio Cabral, ex-governador do Rio, chegou à capital fluminense nesta quinta-feira (28), por volta das 13h30.
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Ele aterrissou em um voo comercial, no aeroporto do Galeão, e após passar por exame de corpo de delito, no Instituto Médico Legal (IML), seguiu para a penitenciária de Benfica, zona norte da cidade.
Preso no Uruguai, a mando da polícia brasileira, ele teve a extradição decretada pela Justiça daquele país. Seu nome surgiu nas investigações da operação Calicute, braço da Lava Jato no Rio, após os depoimentos dos irmãos Renato e Marcelo Chebar, que fecharam acordo de colaboração premiada.
Segundo eles, quando o esquema de propina de Cabral ficou muito grande, Juca Bala foi acionado para atuar na lavagem de dinheiro.
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A volta do doleiro ao país levanta especulações sobre uma possível delação, que poderia dar aos investigadores acesso à lista de clientes que drenaram, nos últimos anos, dinheiro de origem suspeita do Brasil para os paraísos fiscais, estaria mais próximo.
"Num primeiro momento, ambos estavam com medo de retornar ao Brasil porque existia muita confusão sobre qual foi o verdadeiro papel de meus clientes nessa história", disse o advogado de Juca, o uruguaio Juan Fagundez.
Ele usou o plural para se referir ao sócio do doleiro, identificado como Cláudio Fernando Barbosa, o "Tony", que também foi preso em Punta del Este e desembarcou, hoje, ao lado de Juca. Ele também seguiu para Benfica.