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Centenas de milhares de pessoas fizeram uma peregrinação nesta quarta-feira (27) em Larkana, na província paquistanesa de Sindh, para prestar uma homenagem no mausoléu que guarda os restos mortais de Benazir Bhutto, a primeira mulher a se tornar chefe de um governo em um país islâmico.
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Bhutto foi morta há exatos 10 anos, em um atentado terrorista cometido por um adolescente de 15 anos, em Rawalpindi. Ela estava na cidade como parte das visitas de sua campanha eleitoral e o jovem, identificado como Bilal, atirou contra ela e se explodiu no meio de seus aliados.
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Membro de uma tradicional família política local, Bhutto era filha de Zulfikar Ali Bhutto e foi premier por duas vezes pelo Partido do Povo do Paquistão (PPP) entre 1993-1996 e 1998-1999.
No entanto, ela sempre foi desacredita pelos militares do país, que alegavam que seus governos eram "corruptos".
Ao retornar do exílio, em 2007, durante a campanha da presidência de fato de Pervez Musharraf, ela tomou a decisão de participar ativamente da campanha das eleições legislativas previstas para 2008 e tentar um terceiro mandato.
Ao fim de um comício em Rawalpindi, no dia 27 de dezembro de 2007, ela estava dentro de um carro blindado, mas decidiu abrir o teto do automóvel para saudar seus apoiadores. Foi nesse momento que Bilal disparou contra a política. Ela chegou a ser socorrida com vida, mas morreu no hospital assim que deu entrada.
O jovem deixou registrado que teria agido em nome do Talibã paquistanês, mas até hoje existem muitas dúvidas sobre quem realmente teria ordenado o crime - que pode ter sido cometido por rivais políticos e teria sido encoberto pelo governo da época. Com informações da ANSA.