© REUTERS/Gonzalo Fuentes
Atualmente recém-reeleito presidente da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), Jean Todt se notabilizou na Fórmula 1 por chefiar a Ferrari no retorno do time às vitórias após mais de duas décadas sem título.
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Foi sob o comando do francês, por exemplo, que Michael Schumacher, conquistou seus dois títulos mais dominantes, em 2002 e 2004. Mas o dirigente acredita que a categoria hoje não é mais tão atrativa quanto antes. Porque os carros não quebram.
Em 2002, Schumacher pontuou em todas as 17 etapas e fez quase o dobro (144 x 77) de pontos que o então companheiro Rubens Barrichello. Em 2004, ele só não completou uma prova, o GP de Mônaco, em que bateu.
Mas o que chamou a atenção de Todt na disputa entre a Mercedes de Lewis Hamilton e a Ferrari de Sebastian Vettel neste ano foi o que ele considera um excesso de confiabilidade dos carros. Especialmente do inglês, que não sofreu uma quebra sequer em corridas.
"Mesmo que a Mercedes não tenha sido sempre o carro mais rápido, Hamilton marcou pontos em 20 dos 20 GPs do ano. Os carros são confiáveis demais", opinou Todt
"A Ferrari me impressionou também. Mas ainda assim mantenho o que eu disse. Ferrari e Mercedes foram confiáveis demais. Isso custa dinheiro com testes, simuladores, é tudo exagerado. Não precisamos de tudo isso para termos um bom esporte. Na verdade, precisamos do contrário."
O francês vem tentando, juntamente dos detentores dos direitos comerciais da Fórmula 1, o grupo Liberty Media, diminuir os custos das equipes por meio de regras que padronizem determinadas peças. Paralelamente a isso, está sendo desenhada uma proposta de teto orçamentário para tentar nivelar os custos entre os times grandes e pequenos. (Folhapress)