© Filipe Araújo/Fotos Públicas
Dos nove senadores do PT, atualmente, sete terão seus mandatos encerrados no próximo ano. Destes, dois devem se reeleger com facilidade, avaliam analistas políticos. Os outros ainda dependem das alianças estaduais.
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As eleições de 2018 serão as primeiras após o impeachment da presidente Dilma Rousseff, ocorrido no ano passado. Para se ter uma ideia, em 2015, a sigla contava com 13 políticos no Senado federal. Mas, desde então, o partido vem perdendo força, em decorrência dos escândalos de corrupção revelados pela Lava Jato.
A condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a 9 anos e meio de prisão, também agravou o quadro. Muitos parlamentares ainda aguardam uma definição sobre a candidatura dele para poder traçar um caminho.
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É o caso de Gleisi Hoffmann (PR), Humberto Costa (PE), Regina Sousa (PI) e José Pimentel (CE). Tamanho desgaste ainda levou os governadores do partido a preferirem, segundo informações da Folha de S. Paulo, dar apoio a legendas que ajudem em suas reeleições.
As assessorias de imprensa de Costa, Regina e Pimentel disseram haver disposição dos parlamentares de disputar a reeleição, mas isso depende da composição da chapa local. Gleisi, por sua vez, pode optar por disputar uma vaga na Câmara dos Deputados.
Já Jorge Viana (AC), Lindbergh Farias (RJ) e Paulo Paim (RS) confirmaram suas candidaturas ao Senado.
Todo o cenário tem causado preocupação ao partido, que teme uma redução da bancada. Para piorar, há dificuldade na sigla em conquistar novas vagas na Casa. Jaques Wagner e de Eduardo Suplicy, que perdeu a vaga para José Serra (PSDB-SP), em 2014, são as principais apostas..
Em São Paulo, o ex-prefeito Fernando Haddad ainda corre por fora. A sigla pretende lançar apenas um dos nomes para evitar divisão dos votos.