Trump faz concurso para 'coroar o rei das notícias falsas'

Republicano selecionou três publicações: das emissoras 'CNN' e 'ABC' e da revista 'Time'

© Reuters / Carlos Barria

Mundo alfinetada 28/12/17 POR Notícias Ao Minuto

O presidente dos Estados Unidos Donald Trump organizou um concurso para "coroar o rei das notícias falsas". Os três candidatos selecionados pelo republicano são os canais 'CNN' e 'ABC' e a revista 'Time'.

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Desde que se lançou candidato à indicação presidencial dentro do partido republicano, em 2015, Trump confrontou a maior parte da imprensa americana. Segundo ele, os veículos são "desonestos" e estão a serviço da oposição publicando "notícias falsas".

A pesquisa está no ar no site da campanha para as eleições de 2020. No questionário, os visitantes da página votam "na maior notícia falsa de 2017". Há três opções por notícia para classificação da notícia como "falsa", "mais falsa" e "a mais falsa". Há ainda a possibilidade de indicar uma quarta opção de notícia.

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As três notícias que concorrem ao prêmio foram retificadas pelos veículos após publicadas, de acordo com a 'Agência Efe'.

A notícia da 'ABC' foi publicada em 1º de dezembro. Na época, a emissora divulgou que o ex-assessor da Casa Branca Michael Flynn havia chegado a um acordo para declarar que foi Trump quem o pressionou para que fizesse ele entrasse em contato com o Kremlin antes das eleições de 2016.

A notícia foi corrigida porque houve um erro nas datas dos acontecimentos. O contato entre Flynn e os russos teria acontecido antes da posse de Trump. O jornalista responsável chegou a ser suspenso por 4 semanas por conta do erro, segundo o 'The Washigton Post'.

Já a notícia da 'CNN' dizia que o Wikileaks teria mostrado a Donald Trump Jr., o filho mais velho do republicano, os documentos sobre a democrata Hillary Clinton que seriam divulgados dias antes de sua divulgação.

Neste caso, as datas também estavam erradas. A princípio, a emissora publicou que Trump Jr. recebeu os emails no dia 4 de setembro de 2016, quando, na verdade, isso aconteceu no dia 14 de setembro, depois que os documentos se tornaram públicos.

A revista 'Time', por sua vez, afirmou que Trump havia ordenado a retirada de um busto do ativista Martin Luther King do Salão Oval no dia de sua posse, em 20 de janeiro.

Antes da posse, Trump disse à 'New Yorker' que estava querendo colocar de volta no local o busto de Wiston Churchill. Barack Obama tinha trocado pelo busto de Luther King e colocado o de Churchill na parte residencial da Casa Branca.

O repórter da revista "Time" viu o busto de Churchill no Salão Oval no dia da posse e não viu o de King, reportando que este teria sido removido do local. Mas ambos os bustos estavam no Salão Oval.

O repórter justificou dizendo que tinha a visão bloqueada e pediu desculpas pelo erro. Na época, o secretário de imprensa de Trump Sean Spicer disse que as desculpas estava "aceitas".

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