© Rovena Rosa/Agência Brasil
Dois nomes do PSDB são cotados para a disputa ao governo de São Paulo no próximo ano: o senador José Serra e o prefeito da capital paulista, João Doria. Este último, no entanto, tem ganhado o apoio de membros importantes do partido nessa corrida.
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Orlando Morando, prefeito de São Bernardo do Campo, segundo maior colégio eleitoral do estado, e Cauê Macris, presidente da Assembleia Legislativa paulista, são dois deles. Ambos, inclusive, defendem que a decisão seja tomada sem a necessidade de prévias.
"Serra é um quadro primoroso. Pode pleitear ser presidente do Senado em 2019, pode ser ministro", disse Morando, contrário às prévias. "Ele é inteligente. Não disputa eleição sem apoio. Está claro que a sociedade anseia por quadros oxigenados. Doria teve uma queda e já iniciou um processo de recuperação", considerou.
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Mas se Morando sempre esteve alinhado com o prefeito, Macris se posicionou contrário a Doria quando da sua tentativa de se lançar ao Planalto, concorrendo com o atual governador do Estado, Geraldo Alckmin.
"Coloquei como desafio reunir lideranças do Estado para que, juntos, a gente forme um time em prol da candidatura dele", destacou o presidente da Alesp.
Seu apoio ao prefeito, agora, de acordo com informações da Folha de S. Paulo, é lido no tucanato como sinal de que Alckmin já esteja ensaiando uma posição. Embora, segundo fontes ouvidas, haveria uma tendência de o governador apoiar Serra, levando em consideração sua capacidade de articulação.
A ideia era que ele pudesse formar uma coligação favorável a Alckmin no plano nacional, trazendo, entre outros, o PSD de Gilberto Kassab.
Pesam contra o senador, no entanto, o alto índice de rejeição, como mostrou pesquisa recente do Datafolha: 40%. Já Doria tem apenas 28%.