Número de empresas inadimplentes cresce em novembro

“Essa desaceleração ocorre mesmo em meio à crise econômica e reflete o ambiente de maior restrição ao crédito e menor propensão a investir", explicou presidente do SPC Brasil

© Marcos Santos/USP Imagens

Economia Estatística 29/12/17 POR Notícias ao Minuto

Dados do Indicador de Inadimplência de Pessoa Jurídica, medido pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), mostraram que o número de empresas com contas em atraso e registradas como devedoras aumentou 3,71% em novembro, comparado ao mesmo mês do ano passado, quando essa variação foi de 6,8%. Na comparação com outubro houve crescimento de 0,53%.

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“Essa desaceleração ocorre mesmo em meio à crise econômica e reflete o ambiente de maior restrição ao crédito e menor propensão a investir, que trazem redução do endividamento. Para os próximos meses, espera-se que a atividade econômica siga uma lenta recuperação, e que os empresários permaneçam cautelosos devido ao cenário de grande incerteza política e econômica, o que deve manter o crescimento da inadimplência das empresas limitado”, disse o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro.

+ Desemprego cai para 12% em novembro, aponta IBGE

No caso das dívidas em atraso, o crescimento foi de 2,01% na comparação com novembro do ano passado, e de 33% ante outubro.“Neste último ano, a economia esboçou sinais de melhora e, aos poucos, o ambiente econômico deve começar a mudar tanto para os consumidores quanto para as empresas. Alguns setores retomaram as vendas e as taxas de juros cederam, tornando a renegociação de dívidas menos onerosa”, disse a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

Quando analisadas as regiões, o Nordeste lidera o crescimento da inadimplência das empresas, com crescimento de 3,8%, seguido pelo Centro-Oeste, que teve aumento de 3,5%. Depois aparecem as regiões Sudeste (3,30%), Sul (3,03%) e Norte (1,96%).

Entre os setores, o de serviços registrou a maior alta (5,91%) e o do comércio aumentou 2,3%, seguido da indústria (1,88%). As empresas que atuam no ramo da agricultura apresentaram um recuo de -1,70% no número de empresas negativadas. Com informações da Agência Brasil.

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