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"A CBF enviou um e-mail, via Federação Paulista de Paulista, para a Portuguesa. Essa mensagem foi aberta, mas, mesmo assim, o jogador foi escalado. Ou seja, alguém não levou a informação adiante como deveria ter feito para que o clube não fosse punido", explica o promotor Roberto Senise Lisboa, responsável pelo inquérito.
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"Há prova, no inquérito civil, de que a Portuguesa tinha conhecimento do julgamento no dia 6 de dezembro. Essa prova existe ao contrário do que foi falado por alguns dirigentes da Portuguesa nos últimos dias", completa.
A descoberta do Ministério Público fortalece uma nova frente de investigação: saber as razões que levaram a Portuguesa a escalar o jogador mesmo com conhecimento da punição. Algo como um esquema Héverton. "Desde o princípio, tínhamos indícios de que algumas ilhas não se encaixavam", diz o promotor.
Essa nova frente de investigação corre paralelamente à questão central: a punição imposta à Portuguesa desrespeita o Estatuto do Torcedor por não ter sido publicada no site da CBF.
Na quinta-feira, o MP aguarda a presença de um representante da confederação para propor um Termo de Ajustamento de Conduta, ou seja, a devolução dos quatro pontos à Portuguesa e a anulação do julgamento do STJD. Se a CBF não aceitar, o MP vai entrar com uma ação civil pública e levar a decisão à justiça. "Acho improvável que a questão seja resolvida sem nenhuma questão judicial", diz o promotor.