Alckmin discute ter vice do DEM em chapa presidencial

Tucano teve encontros com caciques do Democratas, do PP e do PTB nas últimas semanas de 2017 para discutir o apoio a seu nome na disputa deste ano

© Reuters

Política Articulação 03/01/18 POR Folhapress

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, antecipou a negociação de alianças para sua candidatura ao Planalto e já sinalizou a dirigentes partidários que está disposto a ceder a vaga de vice em sua chapa e oferecer o apoio do PSDB a outras siglas nos Estados em troca da adesão a seu projeto presidencial.

PUB

O tucano teve encontros com caciques do DEM, do PP e do PTB nas últimas semanas de 2017 para discutir o apoio a seu nome na disputa deste ano. Aos democratas, o tucano demonstrou disposição em entregar ao partido a indicação do candidato a vice-presidente na disputa.

Favorito no PSDB para concorrer à Presidência da República, Alckmin decidiu deflagrar um movimento ostensivo de negociação com potenciais aliados para tentar evitar o isolamento de sua candidatura e romper o bloco partidário que dá sustentação a Michel Temer.

O tucano e o presidente se distanciaram com as articulações para a saída do PSDB do governo –o que levou o MDB a planejar uma aliança de siglas governistas para apoiar uma candidatura alternativa à de Alckmin.

+ MP sugere a procurador da Lava Jato não emitir opinião política na web

Além disso, o tucano passou a enxergar movimentos concretos do DEM –aliado que considera prioritário– em busca de um nome próprio para lançar ao Planalto.

Para evitar a perda de terreno, o governador avançou nas conversas com o PTB, do ex-deputado Roberto Jefferson, e iniciou negociações com o DEM e com o PP.

Alckmin se reuniu nos últimos meses, no Palácio dos Bandeirantes, com dois dos principais articuladores do Democratas. Recebeu o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), em novembro, e o prefeito de Salvador, ACM Neto, no início de dezembro.

O DEM exige a vaga de vice-presidente na chapa de Alckmin caso decida apoiar o tucano. Os nomes cotados são o do próprio ACM Neto e o do ministro da Educação, Mendonça Filho. Nos encontros com dirigentes do partido, o tucano não fez promessas, mas deu os primeiros sinais de que a sigla poderá ocupar esse espaço.

A articulação com o DEM também envolveria a negociação do apoio do PSDB à reeleição de Maia para o comando da Câmara, em 2019, e a candidatos da sigla a governos estaduais, como Cesar Maia (Rio), ACM Neto (Bahia) e Rodrigo Garcia (São Paulo).

Alckmin quer acelerar o embarque do DEM em sua candidatura. O tucano acredita que a adesão antecipada do partido atrairia outras siglas com mais facilidade.

Os democratas hesitam. Acreditam que o desempenho de Alckmin nas pesquisas (de 7% a 9% nos principais cenários) ainda indica um potencial tímido de vitória e o consideram um candidato frágil para uma eleição que pode ser marcada pela rejeição à política tradicional.

A sigla mantém contato com o tucano e admite a possibilidade de se aliar a ele, mas continua em busca de alternativas no campo da centro-direita.

"O foco do DEM hoje é buscar uma candidatura liberal-democrata e reformista própria, e fortalecê-la. Mas é evidente que o diálogo com o PSDB e com Alckmin não está descartado", diz o ministro Mendonça Filho.

TEMPO NA TV

O governador paulista confidenciou a aliados que o cenário eleitoral incerto o levou a trabalhar para expandir sua aliança e ampliar seu tempo na propaganda de TV.

Originalmente, ele cogitava se lançar com um bloco enxuto, para evitar o desgaste de se coligar com partidos da base de Temer.

O PSDB tem direito a 1min18s em cada bloco da propaganda eleitoral. Alckmin mais que dobraria esse tempo com alianças com PP (50s), PTB (33s) e DEM (28s).

O contato com o PP é estreito. Em meados de dezembro, o governador paulista se reuniu em Brasília com o presidente da sigla, o senador Ciro Nogueira (PI), para discutir a possível aliança.

O partido não faz exigências formais para aderir à coligação de Alckmin, mas já indicou que pretende discutir o apoio do PSDB a candidatos a governador em Estados como Minas Gerais, Paraná, Acre e Roraima.

Os tucanos admitem abrir mão de algumas candidaturas a governador para apoiar aliados que prometam aderir à chapa presidencial de Alckmin, mas ainda vão mapear o quadro antes de decidir.

"Para ganhar aliados, também é preciso ceder. Com as novas regras de financiamento, os partidos vão enxugar suas candidaturas regionais e se concentrar em candidatos competitivos", afirma o deputado Silvio Torres (SP), tesoureiro do PSDB. Com informações da Folhapress.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Luto Há 22 Horas

Morre o cantor Agnaldo Rayol, aos 86 anos

fama Televisão Há 23 Horas

'Pensava que ia me aposentar lá', diz Cléber Machado sobre demissão da Globo

mundo Catástrofe Há 23 Horas

Sobe para 10 o número de mortos após erupção de vulcão na Indonésia

fama Óbito Há 18 Horas

Detalhes sobre o funeral de Liam Payne são divulgados

fama Mortes Há 21 Horas

Todos os famosos que morreram em 2024 e alguns você nem lembrava

justica Desvio Há 23 Horas

Funcionário de empresa confessa desvio de R$ 500 mil para apostar no Jogo do Tigrinho

mundo Uganda Há 18 Horas

Raio cai em igreja e mata 14 pessoas durante culto em Uganda

fama Maternidade Há 23 Horas

Nasce primeiro filho de atriz Margot Robbie, diz revista

fama Cantora Há 20 Horas

Rihanna diz que torcia pela seleção brasileira e era fã de Ronaldinho Gaúcho

mundo Estados Unidos Há 23 Horas

Trump sinaliza apoio à ideia de tirar flúor da água, se eleito presidente dos EUA