PT fecha calendário de atos pró-Lula e discute nova caravana

Eventos, programados em conjunto com a Frente Brasil Popular, começam no próximo dia 13

© REUTERS/Leonardo Benassatto

Política REUNIÃO 04/01/18 POR Folhapress

Dirigentes do PT reunidos em São Paulo nesta quinta-feira (4) fecharam um calendário de atos neste mês em apoio ao ex-presidente Lula. A mobilização é uma tentativa de, para além dos recursos judiciais, fazer um enfrentamento nas ruas à condenação dele.

PUB

O petista esteve no diretório nacional da sigla durante cerca de quatro horas e participou do encontro com a cúpula do partido. Oficialmente, a assessoria da legenda diz que ele foi ao local discutir programa de governo com a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR).

Os eventos, programados em conjunto com a Frente Brasil Popular, começam no próximo dia 13, com mobilizações em várias capitais. No dia 21 um acampamento do MST (Movimento dos Trabalhadores sem Terra) será montado em Porto Alegre, cidade onde o TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) julga o recurso do ex-presidente.

A decisão no processo que envolve o tríplex de Guarujá (SP) pode deixá-lo inelegível na eleição deste ano. Pré-candidato a presidente da República, ele quer levar a candidatura até onde for possível, valendo-se de prazos e recursos.

+ Planalto pede estudo sobre tropas em Porto Alegre em julgamento de Lula

Segundo participantes da reunião, a ida de Lula a Porto Alegre não está decidida. A única hipótese em que a viagem ocorreria com certeza seria se o TRF-4 aceitasse o pedido da defesa do ex-presidente para ele ser interrogado novamente no processo.

Reservadamente, lideranças dizem que a tendência é o petista não estar na capital gaúcha no dia 24, já que sua presença entre a militância poderia ser vista como afronta ao Judiciário ou tentativa de tumultuar o julgamento.

Uma alternativa mais provável, especulam integrantes da sigla, é que ele possa ir à cidade antes da sessão, possivelmente no dia 23.

CARAVANA

Também na capital gaúcha, para o dia 22 está previsto um seminário com representantes de partidos de esquerda internacionais e outro que reunirá, segundo a legenda, juristas do Brasil e de outros países que criticam a condenação de Lula.

No dia 23, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e a ala de mulheres do partido farão um evento em defesa de Lula. No mesmo dia, um seminário em conjunto com o Fórum Social Mundial terá ativistas e intelectuais.

Um deles, de acordo com a legenda, será o linguista e filósofo americano Noam Chomsky, que vai participar por videoconferência.

No mesmo dia, à noite, terá início uma vigília em Porto Alegre e outras cidades que se estenderá pela madrugada até o dia 24, data do julgamento no TRF-4. Ao longo da sessão, os militantes farão atos públicos perto da sede do tribunal.

Outra discussão no diretório girou em torno de uma caravana que o ex-presidente poderá fazer pelo Sul do país em fevereiro, após o Carnaval.

A ideia é que Lula percorra cidades do interior do Rio Grande do Sul, do Paraná e de Santa Catarina, visitando a zona rural, núcleos de agricultura familiar e universidades.

O roteiro, por essa agenda prévia, excluiria as capitais (Porto Alegre, Curitiba e Florianópolis).

Além de Lula e de Gleisi, estiveram na reunião desta quinta-feira lideranças do PT como o senador Lindbergh Farias, os ex-ministros Alexandre Padilha, Luiz Dulci e Gilberto Carvalho, o deputado federal Paulo Teixeira e o ex-governador da Bahia Jaques Wagner.

Do MST, participou João Paulo Rodrigues e, da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Vagner Freitas. Cristiano Zanin Martins e Valeska Martins, advogados de Lula, também acompanharam o encontro.

"Como é da tradição do PT e dos movimentos populares, realizaremos manifestações pacíficas em defesa da democracia e do direito de Lula ser candidato a presidente da República", afirmou a sigla em nota assinada por sua presidente.

'AUTORITARISMO'

O PT disse, também no comunicado, que não vai "aceitar provocações e palavras de ódio" como as expressas, segundo o partido, pelo prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Jr. (PSDB).

O tucano solicitou ao presidente Michel Temer a presença do Exército e da Força Nacional na capital gaúcha no dia do julgamento.

"Se paira alguma ameaça sobre os cidadãos de Porto Alegre, é o autoritarismo do prefeito, evocando fantasmas de um tempo de exceção e de arbítrio", disse o partido, em resposta ao que Marchezan classificou como "invasão" de militantes pró-Lula.

A Presidência da República encaminhou o pedido do prefeito para análise técnica dos Ministérios da Defesa e da Justiça.

"A pequenez de seu gesto [de Marchezan] revela o desconhecimento do sentido da democracia e da liberdade de manifestação", afirmou o PT. Com informações da Folhapress.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

brasil Atentado Há 20 Horas

Amigos falam em transformação de autor de atentado: 'Era um visionário'

fama Cuiabá Há 20 Horas

Influenciadora e ex-jogador são detidos por posse de carro roubado

esporte STF Há 20 Horas

Gilmar Mendes vota a favor de soltura de Robinho e placar fica 2 a 1 para manter prisão

fama Luto Há 20 Horas

Morre Arturo García Tenorio, ator de 'Chapolin', aos 70 anos

fama Família real britânica Há 22 Horas

O que acontece com a Rainha Camilla se o Rei Charles morrer primeiro?

justica Rio de Janeiro Há 20 Horas

Servidor público é morto a pedradas e água fervente; esposa foi presa

esporte Vídeo Há 20 Horas

Mike Tyson dá tapa na cara de Jake Paul, que esbraveja: 'Ele deve morrer'

fama NANDO-REIS Há 22 Horas

Nando Reis abre o jogo sobre alcoolismo e vício em drogas

fama Demi Moore Há 20 Horas

Demi Moore revela distúrbio alimentar após pedirem para ela perder peso

fama Anitta Há 20 Horas

A ascensão de Anitta: Quando e como ela conquistou o mundo