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O embaixador do Equador nas Nações Unidas, Guillaume Long, renunciou nesta quinta-feira por diferenças com o presidente de seu país, Lenin Moreno.
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"Eu me recuso a ser cúmplice do autoritarismo perigoso", argumentou ele após sua renúncia. O diplomata publicou uma carta em que critica Moreno por querer "enterrar" a Revolução Cidadã realizada pelo ex-presidente Rafael Correa.
La conciencia es lo más preciado que tenemos los seres humanos. La mía me dicta esta renuncia. Aquí mi carta a @Lenin https://t.co/3Xv9z9FxjP
— Guillaume Long (@GuillaumeLong) 4 de janeiro de 2018
Uma das diferenças que, de acordo com Long, precipitou sua renúncia foi a consulta e o referendo convocado pelo presidente Moreno, que, entre outros pontos, propõe a eliminação da reeleição indefinida, segundo o jornal El Comercio.
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Para o ex-embaixador, as modificações propostas por Moreno em seu plano de consulta são uma "deslealdade" ao projeto político que apoiou sua candidatura para as eleições presidenciais, como o sucessor de Correa:
"A história não o absolve", disse na carta de quatro páginas publicada na sua conta Twiter.
Antes de servir como embaixador do Equador, Long foi ministro das Relações Exteriores do país, posto que ocupou durante o governo de Correa.