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O deputado Jean Wyllys usou suas redes sociais para criticar a postura do Itamaraty diante da situação do brasileiro Jonatan Diniz, preso na Venezuela desde o dia 26 de dezembro por pedir financiamento para ações de distribuição de roupas e alimentos, e de ter envolvimento com os protestos de rua ocorridos no primeiro semestre de 2017, contra o governo Maduro. "O que não é crime", salienta o parlamentar.
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"Como membro da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados e também do Parlamento do Mercosul, além de atuar junto a organismos internacionais pelo pleno cumprimento dos tratados internacionais sobre direitos humanos, estou acompanhando o caso e é meu dever me posicionar publicamente, ainda que diante da mais absoluta ausência de informações. A urgência dos fatos não pode ser sequestrada por uma disputa política entre apoiadores e opositores do governo Maduro, seja por iniciativa de quem for, sob risco à própria justiça!", escreveu o deputado.
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Wyllys ainda atualizou as informações sobre o suposto paradeiro do jovem, com base em informações divulgadas pela imprensa. "Noticiaram que o governo Maduro respondeu ao Itamaraty confirmando a prisão e dizendo que Jonatan está em um 'edifício de segurança'. Não há nota oficial do Itamaraty a respeito, nem indicação da localização exata. Não há, ainda, autorização para visita de representante do consulado brasileiro", destacou.
O deputado ainda rechaçou a postura de Maduro. "Autoritária e antidemocrática, ao responder com violência às manifestações populares de grupos de oposição ao seu governo. Situação que vivemos também no Brasil - sobretudo por ação dos governos estaduais, mas também com a resposta do governo federal solicitando a ação das forças armadas contra manifestantes desarmados na Esplanada dos Ministérios -, e que criticamos veementemente".
Ele também cobrou uma posição do governo venezuelano. "É inconcebível que o governo Maduro silencie em relação à situação do brasileiro. Ainda que as acusações contra ele sejam verificadas e provadas, elas precisam ser feitas com plena transparência, no tempo certo e com a plena garantia de direitos que são internacionalmente reconhecidos, e não com cortinas e pronunciamentos imprecisos!", afirmou.