© Rick Wilking / Reuters
A Nvidia, empresa de chips e placas gráficas, anunciou neste domingo (7) na CES, em Las Vegas, que a Volkswagen, a Uber e a chinesa Baidu irão usar seus processadores em projetos de carros autônomos.Elas se somarão à lista de mais de 320 parceiros da Nvidia nos carros autônomos, que já conta com a Tesla, de Elon Musk, e com as universidades de Berkeley, Stanford e MIT (Instituto Massachusetts de Tecnologia).
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"Veículos autônomos são uma tecnologia essencial para que os serviços de mobilidade se tornem parte do nosso dia-a-dia", disse o presidente da Nvidia, Jensen Huang. "Por isso estamos empolgados ao anunciar essa parceria com a Uber e com a maior empresa de carros do mundo [Volks]."
A demonstração, em animação em 3D, foi feita com uma kombi da Volks autônoma, com assentos voltados para dentro. A ideia é usar inteligência artificial no transporte coletivo.
Herbert Diess, membro do conselho da Volkswagen, participou do evento. "Carros serão mais empolgantes do que são hoje. Vão ser mais sexy. A indústria vai mudar muito", disse o representante da empresa alemã.
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Huang afirmou que a parceria "muda os cem anos de história da Volkswagen" e que a queima de combustíveis fósseis não seria mais necessária. Diess discordou parcialmente: "Ainda precisamos de alguns recursos antigos."
A Nvidia anunciou também um supercomputador para veículos e máquinas autônomas, o Drive Xavier. É uma versão menor e quinze vezes mais eficiente do Xavier, que existe desde 2016 e é usado nos projetos da Nvidia de inteligência artificial em carros autônomos.
"[Esse chip] é o resultado de mais de US$ 2 bilhões [R$ 6,4 bilhões] de investimento em pesquisa e desenvolvimento", diz Huang.
Tradicionalmente voltada ao público gamer, a Nvidia tem investido em se vender como uma empresa de inteligência artificial, estratégia que fez com que suas ações na Bolsa Nasdaq valorizassem 90% em 2017.
Nessa linha, Huang focou a apresentação na CES em "machine learning", com demonstrações de máquinas escrevendo música clássica, produzindo animações 3D e outras aplicações de redes neurais. Com informações da Folhapress.