© Reuters / Ueslei Marcelino
Mudar o nome do partido virou moda na política brasileira, desde o ano passado. O Democratas (DEM), partido do presidente da Câmara dos Deputados e possível candidato à Presidência da República, Rodrigo Maia, deve ser o próximo da fila.
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Formado, inicialmente, por dissidentes da Arena, legenda que nasceu junto e deu suporte à ditadura militar, a sigla passou a se chamar PFL e, agora, uma pesquisa apontou que o partido poderia se chamar Mude.
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O nome, no entanto, não foi aprovado por Maia, que é hoje um dos políticosde maior expressão do partido. "A pesquisa deu um nome que eu era radicalmente contra. Qualquer nome que gere um nome como 'Mude' ou 'Novo' é velho no segundo dia", avaliou o presidente da Câmara.
Ele defende uma mudança discreta, embora reconheça que a troca de nome deve ficar para depois das eleições, segundo informações de O Globo. "O que queremos representar? O equilíbrio. E onde está o equilíbrio? No centro. Então, se quiser mudar o nome, pode fazer uma variação de centro, mais Democratas, e ficar com um nome perto disso" disse o deputado, indicando uma opção como Centro Democrático.
Outros filiados são contrários à mudança. É o caso do próprio presidente do DEM, senador José Agripino (RN). Já o deputado Heráclito Fortes, que faz parte dos quadros do PSB mas deve voltar ao Democratas em breve, também discorda.
"Eu tenho um pé atrás com esse negócio de mudar de nome. Eu estava na mudança do PFL para o DEM. Esse negócio tem que ser muito pesquisado e precisa colocar cientista político na conversa. Essa é minha posição pessoal", disse Fortes.