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Após se envolver em um acidente de trânsito que matou duas pessoas e deixou quatro feridos durante um suposto racha, o administrador de empresas André Veloso Micheletti, de 50 anos, foi indiciado pela Polícia Civil por homicídio doloso. Segundo a investigação, ele estava em alta velocidade e com a CNH vencida desde 2016.
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O acidente aconteceu na noite de terça-feira (9) na rodovia dos Imigrantes, na região de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista.
Como explica o 'UOL', o administrador dirigia uma Mercedes Benz CLS prata avaliada em R$ 140 mil pela tabela Fipe. Segundo testemunhas, ele disputava um racha contra um motorista de um Chevrolet Camaro preto quando atingiu um Ford EcoSport preto que levava oito pessoas de uma família - dois casais e quatro crianças.
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A feirante Juliana do Carmo Gamarra, de 40 anos, e Vitória Alves Furlaneto Gomes, de 21, não resistiram aos ferimentos. Dois adultos estão internados, incluindo o motorista da EcoSport,que foi diagnosticado com traumatismo craniano e suspeita de traumatismo na coluna. Todas as vítimas foram levadas para o Hospital das Clínicas de São Bernardo. O condutor está em estado de observação no hospital central da mesma cidade. As crianças, de 1, 2, 3 e 11 anos, também estão internadas.
Micheletti passou a noite no 3º Distrito Policial de São Bernardo. Na manhã desta quarta-feira (10), ele participou de uma audiência de custódia, na qual um juiz pode definir se ele responderá pelo crime preso ou em liberdade.
Na delegacia, Micheletti afirmou que dirigia na velocidade permitida, quando o motorista da Ecosport, "repentinamente e sem sinalizar", entrou na faixa em que ele estava, que não teve tempo para frear ou desviar.
Outras duas pessoas estavam na Mercedes. Nenhuma das três ficou ferida.
De acordo com a Polícia Civil, o motorista da EcoSport também estava com a CNH vencida desde 2016. A perícia constatou que a velocidade da Mercedes "era muitas vezes superior à velocidade do veículo Ford Ecosport, dada a extensão dos danos analisados". Uma outra perícia deve verificar a velocidade dos veículos no momento da batida.
Um exame de bafômetro mostrou que o administrador não havia ingerido bebida alcoólica. Ele foi indiciado por homicídio doloso sob o argumento de que ele assumiu o risco de matar pessoas ao dirigir em alta velocidade.