© Francois Lenoir/REUTERS
Os partidos separatistas da Catalunha anunciaram nesta quarta-feira (10) um acordo para reeleger Carles Puigdemont, deposto pelo governo da Espanha em outubro, como presidente da comunidade autônoma.
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A lista liderada por Puigdemont, a Juntos pela Catalunha, foi a segunda mais votada nas eleições regionais de 21 de dezembro, conquistando 34 dos 135 assentos no Parlamento local, atrás apenas do conservador e unionista Cidadãos, com 36.
No entanto, com o apoio de outros dois partidos, o Esquerda Republicana da Catalunha (ERC), com 32, e o Candidatura de Unidade Popular (CUP), com quatro, os separatistas garantiram a maioria das cadeiras. Restava apenas saber quem seria o líder do governo.
Em autoexílio na Bélgica, Puigdemont foi destituído pelo governo da Espanha em outubro passado e denunciado por "rebelião" no processo de independência da Catalunha. Ele arrisca ser preso se voltar para solo espanhol.
Um porta-voz de sua lista anunciou que Puigdemont fará um discurso em vídeo ou mandará uma mensagem para ser lida na sessão de abertura da nova legislatura catalã, marcada para 17 de janeiro, quando será formalizada sua nomeação como presidente da comunidade autônoma.
O Partido Popular (PP), liderado pelo primeiro-ministro Mariano Rajoy, prometeu usar "todos os meios" a seu alcance para impedir a posse de Puigdemont. Segundo a legenda, uma indicação à distância, com o líder separatista no exílio, violaria o regulamento do Parlamento e o "espírito do parlamentarismo", que exigem a presença física do candidato para expor seu programa de governo. Com informações da Ansa.