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"Sinto que é uma bofetada na cara de todos os professores, dos trabalhadores da cantina e qualquer outro membro de suporte que temos. Trabalhamos muito, com muito pouco, para manter os salários que temos". A declaração, feita por uma professora norte-americana em protesto contra um aumento de US$ 38 mil recebido pelo superintendente de uma escola, nos Estados Unidos, terminou em prisão.
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A prisão truculenta da docente de arte da escola Vermillion Parish, Deyshia Hargrave, foi registrada em vídeo, que circula na internet desde esta terça-feira (9). As imagens da professora da Louisiana sendo algemada contra a vontade por um policial têm gerado indignação nacional.
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O pronunciamento de Hargrave foi feito antes do conselho votar pelo aumento do superintendente Jerome Puyau. A professora pontua que professores e funcionários de escolas do distrito estão sem aumento há anos, apesar do crescimento do números de alunos nas salas de aula e do melhor desempenho em exames nacionais.
Jurista de Abbeville, Ike Funderburk disse à emissora KATC TV que "vi e revi o vídeo muitas vezes e não vou acatar nenhuma denúncia contra a professora". O conselho da escola também se pronunciou negando qualquer intenção de processar Hargrave.
Presidente do conselho da Vermilion Parish School, Anthony Fontana defendeu a prisão acreditando que a professora tenha "armado" o protesto para impedir que o superintende de ser contratado.
A American Civil Liberties Union (associação em prol dos Direitos Civis na Louisiana) se pronunciou em nota, publicada pelo The New Yok Times: "A expulsão de Deyshia Hargrave de uma reunião pública e subseqüente prisão é inaceitável e suscita uma grave preocupação com direitos constitucionais".