©  André Borges/Agência Brasília
O Ministério da Saúde anunciou uma campanha emergencial de vacinação para conter o avanço da febre amarela em São Paulo, na Bahia e no Rio de Janeiro, em em áreas que até então não tinham recomendação para imunização contra a doença. Nos três Estados, a meta será a de alcançar 19,7 milhões de pessoas.
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A seguir, tire suas dúvidas sobre vacinação, sintomas e infecção da febre amarela.
PREVENÇÃO
Vacinação:
Crianças: a partir dos 9 meses (6 meses em áreas de risco);
Adultos não vacinados: uma dose.Para evitar picadas:
Usar repelente (evitar os que também têm protetor solar);
Aplicar o protetor antes do repelente;
Não usar repelentes em crianças com menos de 2 meses;
Evitar perfume em áreas de mata;
Vestir roupas compridas e claras (ou com permetrina);
Usar mosqueteiros e telas.
Controle do mosquito:
Evitar água parada e tomar os mesmos cuidados da dengue, porque há risco de a doença ser contraída pelo Aedes aegypti (o que não acontece no Brasil desde 1942).
Distância de áreas de risco:
Evitar áreas de mata com registros da doença; caso vá viajar a esses locais, tome a vacina ao menos dez dias antes.
TRATAMENTO
É apenas sintomático, com antitérmicos e analgésicos (anti-inflamatórios e salicilatos como AAS não devem ser usados);
Hospitalização quando necessário, com reposição de líquidos e perdas sanguíneas;
Uso de tela, por exemplo, para evitar o contato do doente com mosquitos.
PERGUNTAS E RESPOSTAS
Como se prevenir contra a febre amarela?
A vacinação é a principal medida de prevenção e controle.
Quem deve se vacinar?
Pessoas que moram ou vão viajar para regiões silvestres, rurais ou de mata dentro das áreas de risco, no Brasil ou no exterior -a imunização deve ser feita dez dias antes da viagem. A lista de cidades com recomendação pode ser consultada em saude.gov.br/febreamarela.
As crianças podem receber a vacina da febre amarela junto com outras vacinas?
Sim, exceto com a tríplice viral (contra sarampo, rubéola e caxumba) ou a tetra viral (contra sarampo, rubéola, caxumba e varicela). Se a criança não recebeu nenhuma das três e for atualizar a vacinação, ela deve tomar a de febre amarela e agendar a tríplice ou a tetra para 30 dias depois.
Já tive febre amarela, preciso me vacinar?
A infecção provoca imunidade bastante duradoura.
A vacina é 100% eficiente? É segura?
A eficácia chega a 90% e ela é bastante segura. Pode causar reações adversas, como qualquer medicamento, mas casos graves são raros. Dores no corpo, de cabeça e febre podem afetar entre 2% e 5% dos vacinados.
Onde ela está disponível?
Na rede pública, pode ser encontrada gratuitamente em unidades básicas de saúde. Na particular, custa cerca de R$ 250.
Quantas doses é preciso tomar?
Uma dose é suficiente para a vida toda, segundo o Ministério da Saúde e da OMS (Organização Mundial de Saúde). No caso das crianças, ela pode ser tomada a partir dos nove meses de idade (seis meses para as que vivem em áreas de risco).
Como será feita a imunização no Estado de SP em 2018?
A estratégia será aplicar a dose única nas áreas de risco e a fracionada (que só imuniza por nove anos, mas permite uma oferta maior) nas demais regiões. A campanha de vacinação ocorrerá de forma gradual, a partir de fevereiro, com prioridade para os locais com maior concentração de mata. A ideia é cobrir todo o Estado até o final do ano.
Quem não pode tomar a vacina?
Bebês com menos de 6 meses (e mulheres que amamentam crianças até essa idade), alérgicos a ovo e pessoas imunodeprimidas em razão de doença ou tratamento. No caso de gestantes, pessoas com doenças autoimunes ou com mais de 60 anos, a vacinação deve ser analisada por um médico.
Tenho indicação para vacina, mas perdi meu cartão de vacinação e não sei se tomei a dose. O que fazer?
Procure o serviço de saúde que costuma frequentar e tente resgatar seu histórico. Caso não seja possível, a recomendação é fazer a vacinação normalmente.
Após a infecção pelo vírus, em quanto tempo a doença se manifesta?
Os sintomas iniciais aparecem de três a seis dias depois.
Quais são os sintomas?
Inicialmente, febre, calafrios, dores no corpo, náuseas e vômitos. A maioria das pessoas melhora após os sintomas iniciais, mas cerca de 15% desenvolvem sintomas mais graves, como hemorragia, que podem levar à morte. Com informações da Folhapress.