© Carlos Barria / Reuters
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, negou nesta sexta-feira (12) que tenha usado palavras de baixo calão contra os imigrantes do Haiti, El Salvador e de países africanos.
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"A linguagem usada por mim no encontro do Daca foi dura, mas não foi aquela linguagem que usei. O que foi realmente duro foi a proposta extravagante feita - um grande passo atrás para o Daca", escreveu em seu Twitter.
A mídia norte-americana reportou que Trump usou o termo "buracos de merda" para se referir aos imigrantes que vinham dos dois países da América Central e da África. No entanto, a fala publicada por todos os grandes jornais norte-americanos teve grande repercussão.
O porta-voz das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Rupert Colville, afirmou que as palavras eram "vergonhosas e chocantes" e que tais comentários poderiam causar xenofobia por parte da população norte-americana contra os imigrantes.
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"Não se pode liquidar países inteiros como 'buracos de merda'.
Isso pode danificar e destruir a vida de muitas pessoas [porque] legitima que elas sejam atingidas com base nos países de onde vem. Elas vão contra os valores universais que o mundo duramente perseguiu depois da Segunda Guerra Mundial e o Holocausto", acrescentou Colville.
Já a porta-voz da União Africana, Ebba Kalon, afirmou em entrevista à agência de notícias Associated Press que a fala de Trump a deixou "francamente assustada".
"Dada a realidade histórica de como muitos africanos chegaram nos Estados Unidos, como escravos, essa declaração vai contra qualquer comportamento e prática aceitáveis. E é particularmente surpreendente, já que os EUA são um exemplo global de como a migração fez nascer uma nação construída sobre fortes valores de diversidade e oportunidade", ressaltou Kalon. Com informações da Ansa.