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O embaixador dos Estados Unidos no Panamá, John Feeley, renunciou ao cargo após a revelação de que Donald Trump chamou países da América Central e da África de "buracos de merda".
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Em sua carta de demissão, publicada pela "Reuters", Feeley diz que não se sente mais "apto" a servir o governo do republicano.
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"Fiz um juramento de servir fielmente o presidente e sua administração de maneira apolítica, mesmo quando não concordasse com certas políticas. Meus superiores deixaram claro que, se eu acreditasse que não pudesse fazer isso, poderia renunciar. Essa hora chegou", disse o embaixador.
Um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA confirmou a renuncia de Feeley, "por motivos pessoais". Ele deve ficar no cargo apenas até 9 de março. O diplomata havia sido nomeado por Barack Obama, em janeiro de 2016.
Na última quinta-feira (11), o jornal "The Washington Post" revelou que Trump usara, em uma reunião com congressistas republicanos e democratas sobre a lei de imigração, palavras de baixo calão para se referir a haitianos, salvadorenhos e africanos que chegam ao país.
"Por que todas essas pessoas desses buracos de merda vêm parar aqui?", teria dito o magnata, acrescentando que os EUA estariam em situação melhor se atraíssem "noruegueses". No Twitter, Trump confirmou que usou uma linguagem "dura", mas negou as informações publicadas pelo "Washington Post". Com informações da ANSA.