Curaçao: 16 venezuelanos sobreviveram a naufrágio; 5 morreram

Embarcação pesqueira, que levava 31 pessoas,bateu em um recife de corais

© Reuters

Mundo Caribe 12/01/18 POR Folhapress

O governo do território holandês de Curaçao, no sul do Caribe, informou nesta sexta-feira (12) que 16 venezuelanos sobreviveram ao naufrágio de um barco pequeno que deixou o país, em que cinco pessoas morreram.

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A embarcação pesqueira, que levava 31 pessoas, saiu na noite de terça-feira (9) de Coro, no oeste da Venezuela, e deveria percorrer os 65 km que separam o continente e a ilha, mas bateu em um recife de corais.

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Os corpos de quatro mortos foram encontrados em um costão na entrada de uma lagoa chamada Koraal Tabak. Os restos mortais do quinto imigrante que perdeu a vida apareceram nesta sexta (12) em uma praia na mesma região.

O porta-voz da polícia local, Reginald Huggins, disse que três deles haviam sido deportados recentemente por entrar ilegalmente ao território. Cinco sobreviventes foram detidos, dois deles internados sob custódia em um hospital.

O regime venezuelano confirma que 11 sobreviventes e afirma que algumas delas estão escondidas em Curaçao para que não sejam capturadas e deportadas. Outros dez passageiros da embarcação continuam desaparecidos.

Os viajantes eram de La Vela de Coro, onde as primeiras quatro vítimas foram enterradas nesta quinta (11). "Por causa da fome que passamos aqui, ela tentou ir embora para conseguir um emprego", disse Aura Chirinos, cuja filha está entre os mortos.

Por sua proximidade da costa venezuelana, Curaçao, Aruba e Bonaire, todas ilhas do Caribe holandês, passaram a receber um fluxo intenso de imigrantes do país, que tentam fugir da crise humanitária, econômica e política.

O naufrágio ocorreu no dia seguinte ao bloqueio ordenado pelo ditador Nicolás Maduro ao comércio e à circulação de passageiros com as ilhas, acusando-as de não reprimir o contrabando de alimentos subsidiados pela ditadura.

A decisão fez com que as companhias aéreas locais sejam obrigadas a fazer escala em Cúcuta, na Colômbia, antes de ir às ilhas. Isso fez com que a distância percorrida pelos aviões para ir de Caracas a Aruba triplicasse. Com informações da Folhapress.

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