Meirelles defende corte no juro do cheque especial

"É importante a queda do juro que está muito elevado", avalia o ministro

© Reuters

Economia ajuste 18/01/18 POR Estadao Conteudo

A mudança no funcionamento do cheque especial para reduzir o juro deve ser anunciada ainda este ano. A informação foi dada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), instituição que coordena as conversas para adoção das novas regras. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, reforçou o apoio à iniciativa antecipada pelo Estadão/Broadcast com a avaliação de que o juro cobrado pelo uso do limite da conta corrente é "muito elevado".

PUB

Além das instituições financeiras e do Banco Central, as negociações para adotar nova mecânica para o cheque especial também envolvem o Ministério da Fazenda. "É importante a queda do juro que está muito elevado", disse o ministro. Segundo Meirelles, a equipe econômica contribui com o debate, mas ainda não há medida específica definida para reduzir o juro. "Estão sendo estudadas várias alternativas."

Uma das opções é adotar prazo máximo para o uso do limite da conta corrente. O modelo seria comparável ao do cartão de crédito, cuja regra, adotada desde o ano passado, impede o cliente de permanecer por mais de 30 dias no rotativo - financiamento automático quando a fatura não é paga integralmente. Se esse prazo de um mês é atingido, bancos são obrigados a oferecer nova operação mais barata, como o parcelamento da dívida. Em nota, a Febraban confirmou que estuda o tema, "elabora propostas para melhorar o instrumento e as anunciará, neste ano, quando forem concluídas".

Margem. A mudança no cheque especial faz parte de um conjunto de ações em avaliação pela associação para melhorar o ambiente de crédito no Brasil. Nesse esforço da entidade, o principal objetivo é a redução da margem cobrada pelos bancos nas operações de crédito - o chamado spread - diferença entre o custo que os bancos têm para captar e a taxa cobrada aos clientes.

Na nota, a Febraban diz que trabalha "continuamente para garantir uma redução estrutural do spread bruto - a diferença entre as taxas cobradas nas concessões de crédito e as taxas de captação das instituições financeiras". Parte das novas regras do funcionamento do cartão adotadas no ano passado nasceu nas próprias instituições financeiras que operam cartões de crédito.

Taxas. O cheque especial tem o segundo maior juro entre as operações para pessoas físicas. Em novembro, bancos cobraram média de 323,7% ao ano. Isso faz com que o uso de R$ 1 mil do limite da conta se transforme em R$ 4.237 após um ano. A operação mais cara do sistema financeiro é o crédito rotativo pago em atraso, o chamado "não regular", cujo juro ficou em 410,4% ao ano em novembro. Essa transação não foi afetada pelas novas regras do cartão de crédito. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

mundo Cazaquistão Há 16 Horas

Avião com 72 pessoas a bordo cai no Cazaquistão; há sobreviventes

fama Justiça Há 11 Horas

Ex-bailarina do Faustão tem habeas corpus negado e vai passar o fim de ano na prisão

esporte Prisão Há 16 Horas

Por que Robinho não teve direito à 'saidinha' e vai passar Natal preso

fama Festas Há 16 Horas

Cachorro de Anitta some na noite de Natal: 'ainda vai me matar do coração'

fama Saúde Há 9 Horas

Filho de Faustão fala sobre a saúde do pai após transplantes

fama Televisão Há 15 Horas

SBT desiste de contratar Pablo Marçal e terá Cariúcha em novo Casos de Família

fama Música Há 16 Horas

Hit natalino de Mariah Carey entra na 17ª semana em primeiro na Billboard

economia Consumos Há 16 Horas

Saiba como evitar o aumento da conta de luz durante o verão

politica STF Há 16 Horas

Moraes diz que Daniel Silveira mentiu ao usar hospital como álibi e mantém prisão

justica Investigação Há 15 Horas

Duas pessoas morrem e três estão internadas após comerem bolo em Torres (RS)