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A Coreia do Norte competirá nas modalidades de patinação artística, esqui alpino, esqui cross-country e hóquei feminino nos Jogos Olímpicos de Pyeongchang, anunciou nesta quinta-feira (18) o líder do comitê local, Lee Hee-beom.
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O anúncio vem após os representantes dos dois países terem se reunido nesta quarta-feira (17) e acertado a participação sob a bandeira única na competição, um fato histórico dada a tensão que aumentou de maneira exponencial nos últimos meses.
O presidente do comitê não detalhou o número de atletas norte-coreanos que irão ao país porque esse ainda será definido durante uma reunião da organização do evento com o Comitê Olímpico Internacional (COI) em Lausanne, na Suíça, neste sábado (20).
Além de Lee e dos membros do COI, o encontro também contará com representantes das duas Coreias. Já na delegação que acompanhará os atletas, estima-se que 370 pessoas atravessem a fronteira para acompanhar a competição, entre orquestra, torcedores e líderes de torcida. Os Jogos de Pyeongchang ocorrem entre os dias 9 e 25 de fevereiro.
Política: No campo da política internacional, no entanto, a situação sobre a Coreia do Norte ainda continua muito tensa. Hoje, o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Igor Morgulov, afirmou que as acusações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, são "infundadas".
"A Rússia está absorvendo plenamente as obrigações previstas nas resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas", disse Morgulov à agência russa Tass. Ontem, Trump acusou os russos de não estarem respeitando as regras e comercializando produtos proibidos com Pyongyang.
Além de acusar o Kremlin, os EUA ainda anunciaram que enviarão três tipos de bombardeiros para a ilha de Guam, onde tem uma base militar estratégica para responder aos possíveis ataques de Kim Jong-un.
Segundo o comando do US Pacific Air Force, seis bombardeiros B-52, que podem transportar ogivas nucleares, e 300 homens da equipe reserva foram levados para a base de Andersen, onde já há outros seis bombardeiros estratégicos supersônicos B-1 e três bombardeiros B-2, que dificilmente são detectados por radares.
De acordo com os norte-americanos, esse é "um sinal de responsabilidade com os países aliados da área". (ANSA)