Filho de Cabral tentará reeleição: 'Que me julguem pelo meu trabalho'

Deputado federal pelo Rio, Marco Antônio Cabral refuta que pai tenha cometido crime de corrupção e diz que único erro do ex-governador foi usar recursos de caixa dois

© Flickr / PMDB Nacional

Política Câmara 19/01/18 POR Notícias Ao Minuto

O filho do ex-governador do Rio Sérgio Cabral, condenado na Operação Lava Jato e cujas penas, somadas, já chegam a 87 anos de prisão, confirmou, nessa quinta-feira (18), que será candidato à reeleição na Câmara dos Deputados.

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Marco Antônio Cabral (MDB-RJ) foi eleito deputado federal em 2014, com 119.584 votos, ficando entre os dez mais votados do Estado. Nessa quinta-feira (18), enquanto seu pai era transferido da cadeia de Benfica, zona norte da capital fluminense, para Curitiba (PR), a mando do juiz Sérgio Moro, por suspeita de ter montado uma 'rede de regalias' dentro do presídio, o deputado participava de encontros políticos no interior.

Por onde passa, conforme informações de O Globo, segue a linha de que o único erro de Cabral foi o uso de recursos de caixa dois, negando as acusações de corrupção feitas pelo Ministério Público Federal.

"Serei sim candidato, sei que irei enfrentar preconceitos e pré-julgamentos. Aprendi com os acertos e o erro do meu pai. Não cabe a mim fazer mea-culpa pois nunca fiz caixa dois. Peço que me julguem pelo meu trabalho", afirmou.

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Ele também refutou a denúncia de que o pai estaria tendo mordomias na penitenciária. "Não há regalias. O presídio é monitorado por 60 câmeras 24 horas por dia. Não tem comida que é proibida. Os alimentos são levados pelas famílias, e as sobras podem ficar com os presos. Não existe também uma academia, há na verdade alguns pesos que são utilizados pelos presos. Inclusive, acho um absurdo as cadeias não contarem com academias básicas. O direito à saúde do preso é garantido por lei. As pessoas não imaginam a dura realidade de um presídio, de ver quem você ama privado de sua liberdade".

Marco Antônio ainda criticou a decisão de Moro. "Se isso não é uma ditadura, não sei mais o que é. Não é uma questão apenas de tirá-lo de perto da família, de seus filhos, em especial os menores. Essa medida vai inviabilizar a defesa dele por completo, além de gerar um custo ao Erário muito grande. Essa decisão judicial não tem o menor sentido. Meu pai não oferece risco à sociedade e nunca cometeu nenhum crime no Paraná".

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