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Um motorista atropelou 17 pessoas na noite desta quinta-feira (18) na praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Uma bebê de oito meses morreu e treze pessoas seguem internadas nos hospitais Miguel Couto, na Gávea, e Souza Aguiar, no Centro. O condutor vai responder em liberdade por homicídio culposo.
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O acidente ocorreu por volta das 20h 30. O carro atravessou tanto a ciclovia, como o calçadão, e só parou no início da faixa de areia. Imagens que circulam nas redes sociais mostram feridos na orla após o atropelamento.
Um exame feito pelo Instituto Médico-Legal (IML) apontou que motorista Antônio de Almeida Anaquim, de 41 anos, não havia ingerido bebida alcoólica. O condutor disse aos policiais que sofreu um ataque epilético. A Polícia encontrou um medicamento indicado para o tratamento da doença dentro do veículo.
Um inquérito foi aberto na 12ªDP (Copacabana) e Antônio vai responder em liberdade por homicídio culposo. A polícia ouviu testemunha, entre elas a mulher que estava dentro do veículo no momento do acidente. Ela teria confirmado a tese de que o motorista desmaiou após sofrer um ataque epilético.
De acordo com o site do Detran, a carteira de habilitação de Antônio está bloqueada. Nos últimos 5 anos, ele acumulou 62 pontos e 14 multas. Nesta sexta-feira (19), o departamento informou que o motorista cometeu um crime de trânsito e que seu documento será cassado.
O último balanço da Secretaria Municipal de Saúde informou que das 16 vítimas, nove com ferimentos mais graves foram levadas para o Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea. Destas, três já receberam alta e seis permaneciam internadas. Um australiano, de 68 anos, está em estado grave. O turista sofreu traumatismo craniano e respira por aparelhos.
Os outros sete feridos foram socorridos no Hospital Souza Aguiar, entre elas a mãe da bebê que morreu. O hospital ainda não confirmou o quadro de saúde da paciente. Inconformado, o pai da menina chamou o motorista de "assassino" e pede Justiça.
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