© Fernando Frazão/ Agência Brasil
Após deixar o Rio, o ex-governador Sérgio Cabral, que estava preso na Cadeia Pública José Frederico Marques, zona norte da capital fluminense, passou por exames no Instituto Médico Legal de Curitiba, na manhã desta sexta-feira (19).
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Depois, segundo informações do portal G1, seguiu para o Complexo Médico Penal (CMP), em Pinhais. A mudança ocorreu após a Justiça Federal no Rio determinar a transferência do ex-governador para o Paraná, onde já estão outros presos na Operação Lava Jato.
A juíza federal Caroline Vieira de Figueiredo, substituta do juiz Marcelo Bretas, que está de férias, atendeu ao pedido do Ministério Público Federal no Rio, que denunciou a existência de regalias para Cabral no sistema penitenciário fluminense.
Ao mesmo tempo, o juiz federal Sérgio Moro também ordenou a transferência do ex-governador do Rio, atendendo ao pedido do Ministério Público Federal no Paraná, para investigação em curso em Curitiba. O advogado de defesa de Cabral, Rodrigo Roca, negou a existência de regalias e antecipou que vai recorrer, nesta sexta-feira (19), ao Tribunal Regional Federal da 2ª e da 4ª Região.
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Os pedidos de transferência tiveram como base investigações do Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro que apontam a concessão de privilégios para Cabral, nas unidades prisionais que o abrigaram. Entre as regalias, o MP apontou a tentativa de instalação de uma espécie de sala de cinema na prisão onde está Cabral, além de colchões, alimentos e remédios especiais.
O Ministério Público do Rio também encontrou diferença de tratamento quanto às regras de visitação e deslocamento dentro do presídio. Em ação civil pública, além do ex-governador, o MP denuncia por improbidade administrativa o secretário de administração penitenciária, o subsecretário de gestão penitenciária, os diretores e subdiretores das unidades prisionais que abrigaram Cabral, Bangu 8 e Cadeia Pública de Benfica.