© Nacho Doce / Reuters
A partir de terça-feira (23), usuários da linha 4-amarela do Metrô de São Paulo vão poder embarcar e desembarcar na estação Higienópolis-Mackenzie, na região central, que será aberta ao público, quatro anos após a previsão inicial. A princípio, a operação será realizada diariamente em esquema de visita controlada, das 10h às 15h. O metrô não soube informar quando irá passar a funcionar em horário integral.
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Com estrutura bem semelhante às demais estações do consórcio ViaQuatro, a nova parada vai compartilhar também algumas particularidades, como o vento encanado que incomoda usuários na estação Fradique Coutinho, na Vila Madalena. A previsão é que 42 mil pessoas passem pela nova estação diariamente.
A reportagem visitou as instalações nesta sexta-feira (19) a convite do metrô e percebeu a mesma ventania no acesso às plataformas. Técnicos afirmaram que o fenômeno é normal por causa do deslocamento de ar provocado pelo movimento dos trens, e também pelo fato de a estrutura formar um corredor vertical de 25 metros entre o nível da calçada e o trilho dos trens.
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Para acessar as catracas, os passageiros vão ter que enfrentar cinco lances de escada rolante. A distância a ser percorrida é considerada padrão e menor do que na estação Pinheiros, por exemplo. A profundidade é explicada pelo fato de a linha amarela passar embaixo da linha 2-verde. A nova estação terá ligação com a futura linha 6-laranja (entre Brasilândia e a estação São Joaquim), que está há um ano com as obras suspensas já que empreiteiras responsáveis envolvidas na Lava-Jato ainda não conseguiram empréstimo.
Parte integrante da segunda fase da linha 4-amarela, a estação Higienópolis-Mackenzie tinha previsão de inauguração em 2014. Em 2015, as obras ainda se arrastavam e a gestão Alckmin rompeu o contrato com o consórcio Isolux Corsán-Corviam, responsável pela construção na época, alegando atraso na conclusão das obras. Em 2016, o consórcio venceu uma licitação e retomou as obras.
A entrega havia sido prevista novamente para dezembro do ano passado, mas deve ser aberta quase um mês depois por causa de atraso na entrega de alguns materiais, como o vidro instalado como guarda-corpo.
As demais estações da linha devem ser entregues até o fim de 2018, segundo o metrô. A próxima da fila a ser inaugurada deve ser a Oscar Freire, prevista para março. Em julho, a companhia prevê entregar a estação São Paulo-Morumbi e, até dezembro, a parada Vila Sônia. Essa última depende também da construção de um túnel de 1,5 quilômetro para os trens poderem acessar a estação.
OUTRAS ESTAÇÕES
Inicialmente planejadas para serem entregues em 2008, as seis estações da primeira etapa da obra só ficaram prontas entre 2010 e 2011.
No ano passado, o presidente da ViaQuatro, que administra a linha 4-amarela, Harald Zwetkoff, disse em entrevista à reportagem que o governo do Estado tem uma dívida com a empresa que já supera R$ 500 milhões em razão de atrasos do poder público para entregar estações.
Quando a linha estiver totalmente finalizada terá uma extensão total de 12,8 quilômetros entre 11 estações. Com informações da Folhapress.