© POOL New/Reuters
Um estudante de 22 anos diz ter sido agredido por um grupo formado por seis homens carecas em Fortaleza, no Ceará, na noite desta quinta-feira (19). Segundo ele, a agressão foi motivada por homofobia e preconceito racial.
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Em um relato detalhado no Facebook, o jovem - que não teve a identidade revelada - conta que era chamado de “viadinho” e “preto imundo” enquanto apanhava. Ele conseguiu escapar, correu e quase foi atropelado.
No texto, o universitário disse que chegou a procurar a polícia, mas que o agente não tomou qualquer atitude além de indicar que ele fosse a uma delegacia.
A 'Tribuna do Ceará' entrou em contato com o grupo Carecas do Brasil para saber se há relação com o ocorrido, mas não teve resposta.
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Leia a íntegra do relato publicado no Facebook:
“Hoje, eu fui atacado por um grupo de carecas na Gentilândia. Eram uns 6 caras, me cercaram e começaram a me socar, eu só tive a reação de proteger minha cabeça e gritar por socorro. Levei um soco que rasgou de leve minha orelha e mais alguns, que me fizeram cair e um deixou um galo.. Tinha um mototaxista perto, aí me apoiei na moto dele pra levantar, ele me empurrou pra cima dos caras e disse pra e unão encostar na moto dele. Quando eu vi uma brecha entre dois deles, eu corri, atravessei a avenida, quase fui atropelado, perdi meu chinelo e meu boné. Enquanto eles me batiam, eu só ouvia algo relacionado a eu ser um viadinho e um preto imundo. Saí de lá, achei a polícia, pedi socorro, expliquei a situação, eles com uma cara de má vontade deram uma volta, não acharam ninguém, voltaram, me indicaram a ir na delegaçia, não anotaram nada, não me perguntaram muita coisa, nem o meu nome sequer. Vim pra casa, continuo com enjoo e uma leve dor de cabeça, minha orelha ainda sangra e mesmo com tudo isso, eu ainda não acredito que tenha sido real, pois nunca pensei que iria passar por isso. Bem, eu estou bem, tô em casa, não estou machucado, mas a dor do que eu ouvi enquanto apanhava, continua aqui. É isso, boa noite.”