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Porto Alegre já começou a receber militantes para o julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que ocorre nesta quarta-feira (24), no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). Caravanas de diversos municípios e estados são esperadas na cidade.
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“Cada sede do PT, cada casa, cada sede de entidade deve se transformar em um comitê em defesa da democracia“, salientou o vice-presidente do PT Nacional, Alexandre Padilha.
Nessa segunda (22), o partido já realizou evento com a presença de juristas brasileiros e estrangeiros de renome, que debateram sobre o processo movido contra Lula. Nesta terça-feira (23), foi a vez de as secretarias das mulheres do PT promoverem um grande ato, na capital do Rio Grande do Sul.
Em seguida, a previsão é de que Dilma Rousseff abra uma 'vigília', no Parque Harmonia, em frente ao TRF-4. No ato internacional de apoio ao direito de Lula ser candidato, que ocorreu ontem, em Porto Alegre, a ex-presidenta foi muito aplaudida ao traçar o que chamou de raio-x do golpe, dividindo-o em três atos, sendo o último a tentativa de afastar o petista da disputa eleitoral deste ano.
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“O golpe não é um ato único. O ato inaugural foi o impeachment. Criminalizou-se a política fiscal do meu governo, chamando nosso modelo anticíclico contra a crise de ‘gastança’. Depois, quando tomaram o poder, imprimiram um projeto completamente neoliberal que havia sido derrotado por quatro vezes consecutivas nas urnas. Finalmente, agora, com o uso do lawfare, utilizando processos jurídicos para vencer o inimigo, querem tirar Lula do processo eleitoral, porque sabem que não produziram nenhum candidato para concorrer com Lula”, resumiu Dilma.
Na parte da manhã, também falaram a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, e uma série de representantes da esquerda latina e europeia: Sandra Lazo, vice-presidenta da Frente Ampla, do Uruguay, Francisco Cafiero, da Coppal (Conferência Permanente de Partidos Políticos da América Latina), Marco Consolo, do Partido da Esquerda Européia, Oscar Laborde, da Frente Transversal da Argentina, Victor Baez, da Confederação Sindical das Américas, e Marita Gonzales, da Confederação Geral dos Trabalhadores a Argentina.
Gleisi voltou a afirmar que condenar Lula sem provas será uma violência contra ele, contra a democracia e contra o povo brasileiro. “O Brasil não vai aceitar passivamente outra decisão que não seja declarar Lula inocente. O TRF-4 tem a oportunidade de mostrar isenção e fazer Justiça pela primeira vez neste processo.”