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É fácil concluir: se a temperatura dos ovos está associada com a determinação do sexo das tartarugas verdes e a temperatura da Grande Barreira do Norte está a aumentar de ano para ano, o resultado será uma população de maioria feminina.
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Os dados são mais que contrastantes e põem em risco a população de tartarugas nesta região da Austrália, como conclui um estudo publicado no site oficial da WWF (World Wild Life).
Para análise, foram capturadas tartarugas do Norte e Sul da Grande Barreira do Coral que através de testes genéticos foram identificadas pelo sexo e zona de nascimento. Os dados revelam que, nas águas quentes do norte do coral, 99,1% das tartarugas jovens, 99,8% das pré-adultas e 86,8% dos adultos eram fêmeas. Já nas águas do sul do coral, mas frias, apresentaram um valor mais moderado das quais 69% eram fêmeas.
Os dados provam que a temperaturas das águas do norte da Grande Barreira do Coral aumentaram exponencialmente nas últimas duas décadas, colocando em risco várias espécies além da Tartaruga Verde.
A Grande Barreira do Coral é um dos ambientes marinhos mais ricos do mundo, sendo o habitat de mais de 1500 espécies de peixes, seis das sete espécies ameaçadas de tartarugas marinhas e mais de 30 espécies de mamíferos marinhos.