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Produtor de "Me Chame pelo Seu Nome", que concorre ao Oscar de melhor filme, o brasileiro Rodrigo Teixeira diz que sente "como se tivesse tomado um soco e desmaiado". O anúncio foi feito na segunda (23).
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"Por mais que isso fosse esperado, é como se eu estivesse anestesiado", disse ele à reportagem, por telefone, de Los Angeles. "É o maior momento da minha vida."
O filme, que concorre a quatro estatuetas, é uma coprodução entre França, Itália, Brasil e Estados Unidos.
Em cartaz desde a última quinta (18), a obra dirigida pelo italiano Luca Guadagnino narra o envolvimento amoroso entre um adolescente europeu (Timothée Chalamet) e um universitário americano (Armie Hammer), que se hospeda na casa dos pais do primeiro.
Além de melhor filme, "Me Chame pelo Seu Nome" concorre nas categorias de ator (Chalamet), roteiro adaptado e canção original. Os vencedores serão anunciados em cerimônia no dia 4 de março.
Aos 41 anos, o carioca radicado em São Paulo entrou no ramo cinematográfico comprando direitos de adaptação de livros para a tela grande. No Brasil, já financiou longas como "Tim Maia" e Alemão". No exterior, esteve envolvido na produção de "Frances Ha", "A Bruxa" e "Patti Cake$". Seu próximo projeto é "Ad Astra", filme de James Gray que terá Brad Pitt e Tommy Lee Jones no elenco.
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Segundo Teixeira, a indicação ao Oscar de "Me Chame pelo Seu Nome" abre espaço para a importância do "cinema colaborativo". "Entre todos os indicados, esse é o que tem mais países. É quase uma Copa do Mundo", diz.
Ele diz que isso pode abrir caminho para produtores brasileiros. "É um filme mais barato do que muitos feitos no Brasil". "Me Chame pelo Seu Nome". Sua produtora, a paulista RT Features, financia um terço dos 3 milhões de euros (R$ 12 milhões) de orçamento total do filme.
Além de Teixeira, outro brasileiro também concorre nesta edição. É o carioca Carlos Saldanha, diretor do americano "O Touro Ferdinando", que concorre como melhor animação. Com informações da Folhapress.