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O relator, desembargador João Pedro Gebran Neto, termina a leitura do seu relatório, que durou 27 minutos. Agora, o procurador do Ministério Público Federal Mauricio Gerum vai ter 30 minutos para se manifestar.
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Ele inicia falando sobre tropas de choque que se formam no parlamento como instrumento de supressão do diálogo.
O procurador diz que foi patrocinado um movimento que buscou contaminar o processo judicial, para que não se permita nada além da absolvição no processo.
Ele diz que o processo judicial não é um processo parlamentar e volta a citar a truculência da "tropa de choque do ex-presidente Lula no processo judicial" que está, segundo ele, a ponto de representar coação.
Mauricio Gerum diz ainda que houve gravidade e irresponsabilidade na tese que tira a responsabilidade do poder judiciário de analisar os autos e chegar a uma decisão. "Se a corte absolver Lula, a Justiça será feita. Se ela decidir manter a condenação, a Justiça também será feita", destaca.
O procurador afirma que não é porque se trata de um ex-presidente que vai se aceitar qualquer prova. A prova deve ser apresentada pela acusação, mas uma vez apresentada é ônus da defesa apresentar outra que a desacredite. 'Lamentavelmente, Lula se corrompeu', destaca.
Citando a obra Crime e Castigo, de Dostoiévski, ele encerra sua fala. "Em uma República, todos os homens são de carne".
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