'Desequilíbrio atmosférico' pode indicar existência de vida

Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Washington sustenta que só pode haver esta combinação de gases na presença de organismos vivos

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Tech Cientistas 24/01/18 POR Lusa

Cientistas defendem que um "desequilíbrio atmosférico", caracterizado pela mistura dos gases metano e dióxido de carbono na ausência de monóxido de carbono, é um indicador da existência de vida - um que se deve ter em conta na exploração de outros planetas.

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Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, sustenta que só pode haver esta combinação de gases na presença de organismos vivos.

No estudo, divulgado nesta quarta-feira (24) na publicação científica Science Advances, a equipe salienta, passando em revista a história da Terra, o único planeta habitável que se conhece, que houve alturas em que a sua atmosfera teve esta mistura de gases.

Por outro lado, a capacidade do planeta produzir grandes quantidades de oxigênio, gás constituinte da atmosfera e fundamental para suportar a vida, só ocorreu no último um oitavo da sua história.

+ Dois planetas 'habitáveis' são encontrados a 39 anos-luz da Terra

"A ideia de procurar oxigênio na atmosfera enquanto bioassinatura [da vida] tem vários anos, e é uma boa estratégia. É muito difícil produzir muito oxigênio sem vida (...). Mas, mesmo se a vida for comum no cosmos, não temos ideia se será a vida que produz oxigênio. A bioquímica da produção de oxigênio é muito complexa e pode ser bastante rara", advogou um dos coautores do estudo, Joshua Krissansen-Totton, citado em comunicado pela Universidade de Washington.

Os autores do estudo entendem que a procura de sinais de vida em outros planetas deve ter em consideração o tal "desequilíbrio atmosférico", além da existência de água líquida à superfície.

A nova missão europeia de exploração de Marte, a ExoMars, tem em órbita do planeta o satélite TGO, que vai procurar gases rarefeitos na sua atmosfera, em particular metano, um indicador de que pode haver, ou ter havido, vida nele.

Na Terra, o metano poderá ter sido gerado pelo impacto de asteroides na sua superfície, de acordo com a equipa de cientistas da Universidade de Washington. Com informações da Lusa. 

 

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