© REUTERS / Denis Balibouse
O presidente da França, Emmanuel Macron, discursou nesta quarta-feira (24) na 48ª edição do Fórum Econômico Mundial de Davos (WEF), na Suíça, e defendeu a proteção dos esquecidos da globalização, além de dizer que atenderá "ao chamado da Europa".
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De acordo com o mandatário, que falou poucas horas depois da chanceler alemã, Angela Merkel, seu principal objetivo é fazer um país "mais competitivo e inovador em uma Europa empoderada, que é o único caminho para uma França forte".
Para Macron, "o novo ordenamento global precisa ser baseado no multilateralismo", em uma cooperação internacional e diplomacia para lutar contra problemas como o terrorismo e os conflitos com o Irã e com a Coreia do Norte. "Lutei contra partidos nacionalistas que injetavam muitos medos", lembrou o presidente francês, que entendeu que muitos eleitores se inclinaram pela extrema-direita porque os governos anteriores tiveram resultados "muito ruins".
"Precisamos de mais ambição para termos uma Europa mais soberana, democrática e poderosa", acrescentou Macron.
Macron defendeu a luta "contra a evasão de divisas" e pediu "uma estratégia global" sobre os impostos das empresas, e incentivou EUA e China a se coordenarem com a Europa a respeito.
"Nosso DNA, nossa visão, em termos da relação entre liberdade, justiça, igualdade e direitos individuais, é única. Você só tem esse balanço na Europa", explicou.
"Você tem muitos direitos individuais nos EUA, mas nossa abordagem em relação à igualdade é bem diferente", continuou o líder francês. "E você não tem a mesma abordagem de direitos individuais na China, isso é evidente". (ANSA)