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Donald Trump chegou com uma fanfarra a Davos -literalmente.Minutos antes de ele entrar no palco do encontro anual do Fórum Mundial de Davos para discursar, às 14h (11h em Brasília) uma banda marcial se posicionou e começou a tocar uma marcha por cinco minutos.
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Nenhum outro governante que falou à plenária fez algo similar. O fundador do fórum, Klaus Schwab, demonstrou constrangimento no palco.
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Trump é apenas o segundo presidente dos EUA a participar do evento (o primeiro foi Bill Clinton, em 2000). A segurança foi reforçada, com vistorias duplicadas, e o auditório de 1.500 lugares já estava completamente lotado, com gente em pé e disputa por cadeiras, 20 minutos antes do início do discurso.
Na fala, que ocorre no último dos quatro dias de evento, Trump promove os EUA como destino de investimentos e reforça sua vontade de se manter integrado ao sistema multilateral, desde que as regras sejam revistas.
SEGURANÇA
A ida de Trump a Davos é apenas a segunda vez que um presidente dos EUA participa do encontro anual do Fórum em pessoa (Bill Clinton compareceu em 2000), o que alimentou expectativas e mudou a rotina do evento, que sempre foi essencialmente europeu e está em sua 48ª edição, desde a chegada de Trump, no meio da tarde de quinta (25).
Segundo a organização, a participação de americanos neste ano é um recorde, na casa das centenas -o número exato não foi divulgado.
Na manhã de sexta, o trânsito de helicópteros foi mais intenso do que de costume sobre a pequena cidade dos Alpes suíços. A segurança foi reforçada, com corredores bloqueados e dupla checagem de credenciais, e regras inéditas foram estabelecidas para aqueles que desejassem assistir ao discurso ao vivo, como uma antecedência de 90 minutos e o veto a líquidos no salão, garrafas d'água inclusive.
Apesar da expectativa para a fala de Trump, muitos participantes deixaram a cidade antes do término do encontro e não vão acompanhar a performance do americano.
Além do discurso, Trump se encontrou com uma série de líderes, incluindo a primeira-ministra britânica Theresa May, o premiê israelense Binyamin Netanyahu e o presidente de Ruanda e líder da União Africana Paul Kagame.
Há duas semanas, o presidente se referiu a países africanos e ao Haiti como "países de merda" durante uma reunião de trabalho, segundo alguns dos presentes (ele nega). Por isso, empresários e autoridades do continente ameaçaram se levantar no meio do discurso. Com informações da Folhapress.