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Especialistas divulgaram um novo estudo que envolveu 450 mil participantes e concluíram que ingerir bebidas muito quentes é mais cancerígeno do que fumar ou beber álcool. Contudo, o projeto concluiu também que o consumo de bebidas muito quentes por fumantes e por quem ingere álcool regularmente é ainda mais prejudicial para este grupo, tendo duas vezes mais probabilidades de padecerem de câncer do que pessoas que não têm estes comportamentos.
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Os pesquisadores acreditam que o consumo de bebidas excessivamente quentes danifica o revestimento da garganta, tornando as pessoas que as ingerem mais vulneráveis ao desenvolvimento da doença.
O pesquisador principal do estudo, o oncologista chinês Jun Lv, da National Natural Foundation, disse: “estes resultados sugerem que para prevenir o desenvolvimento do câncer no esôfago é fundamental abdicar de bebidas muito quentes, especialmente se as as pessoas já são fumantes ou se bebem álcool regularmente”.
Os indivíduos que integraram o estudo informaram os cientistas, numa fase inicial, se gostavam beber o chá ou o café “morno”, “quente” ou “a escaldar”. De acordo com a International Agency for Research on Cancer, as “bebidas escaldantes” incluem líquidos com temperaturas superiores a 65 °C.
Em média nos países ocidentais morrem 9 mil pessoas por ano vítimas de câncer do esôfago. “O câncer do esôfago é uma doença devastadora cuja incidência vem crescendo, no mundo ocidental, sem melhoria significativa nos últimos 30 anos das taxas de sobrevivência”, diz o clínico Jun Lv. Este fato deve-se, essencialmente, ao diagnóstico tardio pois, infelizmente, quando os doentes desenvolvem sintomas o tumor já se encontra disseminado e é fatal.
Já em 2016, foi desenvolvido um estudo semelhante pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que na altura declarou que o consumo de bebidas muito quentes é uma "causa provável" do câncer do esôfago, veja aqui.