PMDB da Câmara decide não indicar nomes para ministérios

A bancada do PMDB na Câmara dos Deputados divulgou hoje (5) nota na qual anuncia que não indicará nenhum nome para ocupar os ministérios da Agricultura e do Turismo, que ficarão vagos com a saída de Antonio Andrade e Gastão Vieira, respectivamente. As duas pastas têm sido ocupadas por membros do partido indicados pelos deputados e devem entrar na reforma ministerial.

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Política Bancada 05/02/14 POR Agência Brasil

O líder da bancada, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), garantiu que a decisão de não fazer indicações para substituir os atuais ministros não significa que os deputados peemedebistas estão deixando a base de apoio ao governo da presidenta Dilma Rousseff. “O PMDB não está deixando o governo, está simplesmente optando por não indicar nenhum substituto para os ministérios que coube à bancada da Câmara indicar”, explicou Cunha.

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Segundo Cunha, uma minoria entre os deputados do partido queria uma “posição mais radical”, em que todos os cargos fossem devolvidos, mas a maioria optou por continuar apoiando a base do governo. No entanto, eles decidiram “continuar sem cargos”. “Temos compromisso com a economia do país, temos compromisso com a governabilidade, mas não queremos mais indicar ministérios pela bancada do PMDB da Câmara”, disse.

Ainda de acordo com Cunha, um dos motivos da decisão de hoje foi a divulgação de conversas entre a presidenta Dilma Rousseff e o vice-presidente da República, Michel Temer, que indicava uma “disputa política pública por cargos”.  “O PMDB não quer estar associado a uma pecha de fisiologismo de quem tem que estar recebendo cargos para partilhar da base do governo”, explicou Cunha.

Apesar disso, Eduardo Cunha reclamou do que chamou de subrepresentação do PMDB no governo e da perda de espaço do partido neste governo em relação ao anterior, do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva. Entretanto, o deputado disse que a bancada está “cansada” do desgaste provocado pelo processo de indicação de cargos. Cunha disse ainda que a decisão não implica em tensionamento da relação com o governo no Congresso, mas que isso deve acontecer em relação à disputa eleitoral nos estados.

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