Berlusconi é denunciado novamente por corromper testemunhas

Ex-premier teria pagado 157 mil euros para subornar músico

© Reprodução/Netflix

Mundo itália 07/02/18 POR ANSA

O Ministério Público de Roma denunciou nesta quarta-feira (7) o ex-primeiro-ministro da Itália Silvio Berlusconi por corrupção em atos judiciários, em uma das ramificações do caso "Ruby ter".

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Segundo a acusação, o líder conservador pagou o cantor Mariano Apicella, denunciado por falso testemunho, para induzi-lo a mentir em seu favor no processo contra ele por prostituição de menores.

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O músico, que era presença frequente nas festas na mansão de Berlusconi em Arcore, nos arredores de Milão, conhecidas como "bunga-bunga", teria recebido 157 mil euros em subornos.

A primeira audiência do processo foi marcada para o próximo dia 9 de maio, no Tribunal de Roma. O processo "Ruby ter" nasceu em Milão, mas, em 2016, foi desmembrado para sete províncias italianas: Roma, Turim, Pescara, Treviso, Monza e Siena, além da própria Milão.

A decisão foi tomada porque, segundo a Justiça, os eventuais subornos devem ser julgados pela jurisdição onde os pagamentos teriam ocorrido. Berlusconi já é réu em Siena e foi denunciado em Turim.

Os investigadores acreditam que o ex-primeiro-ministro teria gastado mais de 10 milhões de euros entre 2010 e 2014 para manipular testemunhas no caso "Ruby", no qual foi absolvido dos crimes de prostituição de menores e abuso de poder.

Uma dessas pessoas seria a brasileira Iris Berardi, que participava das festas nas mansões de Berlusconi e foi flagrada em um grampo dizendo que sentia "falta da mesada do papai". Em julho de 2016, com votação secreta, o Senado da Itália proibiu a Procuradoria de usar a interceptação como prova no "Ruby ter".

Mais tarde, os investigadores levantaram indícios de que os pagamentos teriam continuado pelo menos até outubro de 2016. Berlusconi já foi condenado a um ano de serviços sociais por fraude fiscal, em 2013, pena que levou à cassação de seu mandato de senador e o deixou inelegível até 2019.

Além disso, foi sentenciado a três anos de prisão por compra de apoio no Parlamento, mas o crime foi declarado prescrito pela Corte de Apelação de Nápoles. A nova denúncia contra Berlusconi chega no momento em que ele tenta derrubar sua inelegibilidade no Tribunal Europeu de Direitos Humanos, em Estrasburgo (França), e faltando menos de um mês para as eleições legislativas na Itália.

O país irá às urnas para renovar seu Parlamento em 4 março de 2018, e a centro-direita aparece na liderança das pesquisas, representada pela aliança do moderado Força Itália (FI), de Berlusconi, com a ultranacionalista Liga Norte, de Matteo Salvini. Com informações da ANSA.

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