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O testamento do milionário Renné Senna, assassinado em 2007 depois de ganhar R$ 52 milhões na Mega Sena, foi anulado por desembargadores da 17ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio. O documento beneficiava a ex-cabeleireira Adriana Ferreira Almeida, viúva da vítima, que foi condenada a 20 anos de prisão pelo assassinato de Renné em dezembro de 2016. A ex-mulher e os 11 irmãos da vítima disputam a herança de mais de R$ 100 milhões.
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Como explica o 'Extra', segundo o testamento, a filha única de Renné ficaria com 50% da fortuna e Adriana com o restante. Os irmãos do milionário pediram na Justiça que o testamento anterior voltasse a valer. Nele, 50% dos bens ia para a filha e o restante da fortuna seria dividida em diferentes percentuais entre todos eles. A defesa dos irmãos alegou que o segundo testamento é fruto de uma fraude para beneficiar Adriana.
O advogado dos irmãos de Renné, Sebastião Mendonça, afirma que Adriana “tinha interesse na lavratura do testamento, assim como na morte do testador, tanto é que foi condenada pelo Tribunal do Júri de Rio Bonito, tornando-a indigna de ser beneficiária do testamento”.
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O crime
O ex-lavrador Renê Senna foi assassinato com tiros em 7 de janeiro de 2007 em Rio Bonito, na Região Metropolitana do Rio. Seis pessoas foram acusadas do crime, incluindo a viúva da vítima. Segundo a denúncia do Ministério Público, Adriana teria ordenado a morte de Renné após ameaça de excluí-la do testamento por conta de uma traição.
Adriana chegou a ser julgada e inocentada em 2011. No entanto, em 2014, a sentença foi anulada após descoberta quebra de incomunicabilidade entre jurados.
Em dezembro de 2016, Adriana foi julgada novamente e, desta vez, condenada a 20 anos de prisão. Na audiência, ela assumiu o caso extraconjugal, mas afirmou não saber que estava no testamento de Renné. Atualmente, Adriana cumpre a pena em prisão domiciliar.