Bloco Loucura Suburbana resgata carnaval do subúrbio carioca

A agremiação saiu hoje (8) no bairro do Engenho de Dentro, zona norte do Rio de Janeiro

© Reproduçao

Cultura animação 08/02/18 POR Agência Brasil

O bloco Loucura Suburbana saiu hoje (8) no bairro do Engenho de Dentro, zona norte do Rio de Janeiro, resgatando o carnaval de rua e reunindo funcionários, pacientes e familiares do Instituto Municipal Nise da Silveira, além de moradores do local e adjacências.

PUB

A psicóloga Fabiane Dias, do Centro de Convivência e Cultura da instituição, disse à Agência Brasil que a iniciativa “ajuda os pacientes e também o território do entorno a ter outro olhar para a loucura, que deixa de ser um estigma. Isso é muito bom. A gente vê usuários, familiares, comunidade, todo mundo integrado”. Fabiane desfilou vestida de galinha, em alusão ao caminhão que passa pelas ruas do bairro vendendo 30 dúzias de ovos por R$ 10.

+ Alceu e bonecos gigantes abrem o Carnaval de Olinda nesta quinta

Para a psicóloga Ariadne Mendes, coordenadora do bloco, criado em 2011, o desfile do Loucura Suburbana é uma celebração do trabalho não só do Instituto Nise da Silveira, mas de toda a rede de saúde mental do estado. “É um encontro de pessoas que se conhecem e que não se conhecem. É um encontro da alegria e de orgulho de estarmos fazendo um carnaval do subúrbio carioca”.

Ariadne sublinhou que o bloco promove a inclusão pelo carnaval. “O carnaval já é um momento em que todo mundo se inclui. Não tem exclusão no carnaval, porque qualquer um pode sair de qualquer maneira, e isso tem a ver com o nosso espírito”. O tema do samba deste ano “Não ter vergonha de ser o que se é” foi sugerido pela porta-bandeira do bloco, Elizama Arnaud, que escolheu sair de 'drag queen' no desfile, para representar a liberdade de ser mulher, “mesmo não sendo, ou sendo, que é o caso dela”, destacou Ariadne.

Participação voluntária

A passista do bloco é Elizângela da Silva, que teve alta do Instituto Nise da Silveira e desde 2011 mora em uma residência terapêutica com outros pacientes psiquiátricos na Penha, também na zona norte, sob a supervisão do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Fernando Diniz.

Outro ex-paciente do instituto é André Cabral, que foi se tratar ali em 1998 e, depois, mesmo saindo para tratamento em outras unidades de saúde mental do Rio, não deixou de frequentar as atividades sociais e culturais do Nise da Silveira. Foi ficando cada vez mais ligado às atividades ao ponto de se tornar produtor cultural da editora EncantArte e compor três sambas vencedores do bloco.

Cabral trabalha como voluntário no instituto, “mas sem deixar de fazer uma terapiazinha nesse voluntariado. Minha ligação é muito estreita com o hospital”, disse à Agência Brasil. Este ano, ele venceu”, disse à Agência Brasil. Este ano, ele venceu o concurso de samba enredo do bloco Tá Pirando, Pirado, Pirou!, que desfilou pela Urca, zona sul da cidade, no último dia 4. Com informações da Agência Brasil. 

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

esporte Espanha Há 21 Horas

Morre ex-jogador do Valencia, vítima de desastre DANA, na Espanha

mundo EUA Há 22 Horas

'Marido mais carinhoso do mundo' é suspeito de ter matado a mulher

fama Família Há 2 Horas

Viih Tube solta o verbo após declaração do pai: 'Pare de me expor'

fama Violência Há 21 Horas

Carro de Lexa é cercado por homens armados em SP

fama Família Há 20 Horas

Famosos que têm uma penca de filhos! Recordista é brasileiro e tem mais de 30

fama Celebridades Há 22 Horas

Os desejos mais loucos das famosas na gravidez!

fama Espiritualidade Há 1 Hora

Courteney Cox tenta se 'comunicar' com espírito de Matthew Perry

brasil Ceará Há 3 Horas

Tumor raro muda tonalidade da pele de jovem que busca tratamento

brasil Vendavais Há 2 Horas

Ventos fortes causam prejuízo bilionário no Brasil

fama Redes Sociais Há 18 Horas

Tiago Leifert é detonado na web após discutir racismo com ativista