© Reuters
O vídeo de 18 segundos mostra um homem negro de bermuda branca, chinelo e sem camisa sentado no chão com a cabeça ensanguentada. Um outro homem, pardo, de bermuda estampada, camisa preta e tênis segura a cabeça do suspeito para que ele não fuja. Poucos segundos depois, um homem negro, de bermuda preta e chinelo desce da garupa de uma moto com uma pistola na mão, aponta para a cabeça do homem de bermuda branca e dispara três vezes à queima roupa. O homem no chão estende as mãos para tentar se defender, em vão. O trânsito na rua segue o fluxo normal.
PUB
De acordo com o Extra, a vítima seria um ladrão que agia nas redondezas atacando pedestres e comerciantes. No registro do caso na delegacia consta que um outro homem foi morto na ocasião, a alguns metros de distância, também com vários tiros.
Em nota, o comandante do 39º Batalhão de Policia Militar), em Belford Roxo, tenente-coronel Paulo Roberto das Neves, afirma que "o setor de inteligência da unidade levou as imagens do crime à 54ª DP e está auxiliando as investigações da Polícia Civil com as informações que possui". A nota informa ainda que "nos últimos três meses mais de 250 pessoas foram presas por envolvimento com tráfico de drogas e grupos de extermínios".
"Atualmente 54 policiais (militares) do Regime Adicional de Serviço reforçam diariamente o efetivo do 39º BPM, sendo aplicados em locais estratégicos de forma dinâmica para acompanhar o andamento da mancha criminal", acrescenta na nota o comandante.
A Secretaria de Segurança do Estado do Rio deverá instalar ainda este ano, em Belford Roxo, uma Companhia Destacada, subordinada ao 39º BPM, que ficará na favela Gogó da Ema, a pouco mais de 5 km do bairro da Prata. A cidade também deve ganhar uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), ainda sem data de instalação ou previsão de local.
Justiceiros
O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), criticou a ação de justiceiros. "Repudiamos qualquer ação de milicianos ou justiceiros. Qualquer poder paralelo é repudiado. Perseguiremos e prenderemos essas pessoas. Poder paralelo, no meu governo, é inadmissível. Não tem acordo", afirmou Cabral, durante inauguração de uma unidade de saúde em Duque de Caxias, também na Baixada Fluminense. "Nosso governo reagirá a justiceiros, perseguindo e prendendo esses assassinos", concluiu. (colaborou Fábio Grellet)