Bancada feminina da Câmara apoia campanha contra assédio no carnaval

#CarnavalElesporElas tem parceiros governamentais e da sociedade civil para enfatizar que a diferença está no respeito à vontade da mulher

© Valter Campanato/Agência Brasil

Política Conscientização 12/02/18 POR Notícias Ao Minuto

"Se a mulher disse não pra você, significa que ela disse não pra você!". É com frases como essa que a ONU Mulheres, organismo internacional de defesa dos direitos humanos da parcela feminina da população, quer mostrar a diferença entre paquera e assédio sexual.

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A campanha #CarnavalElesporElas tem parceiros governamentais e da sociedade civil para enfatizar que a diferença está no respeito à vontade da mulher. A ideia é provocar a reflexão dos homens sobre o comportamento deles durante bailes, desfiles de rua e outros eventos do carnaval. E evitar que a cultura do assédio seja reproduzida, tolerada ou normalizada. O slogan é coloquial e direto: "Respeita as mina. É simples". 

A bancada feminina apoia a campanha da ONU Mulheres. Para a deputada Jô Moraes (PCdoB-MG), procuradora adjunta da mulher na Câmara, uma vitória das parlamentares em 2017 foi ter colocado esse tema na agenda do Legislativo.

+ Congresso custará quase R$ 29 milhões por dia em 2018

Ela lembra que o orçamento aprovado para 2018 tinha menos dinheiro para o combate à violência contra mulher do que o orçamento do ano passado. Mas a bancada se mobilizou e conseguiu ampliar os recursos por meio de emendas. A difusão de campanhas como essa, segundo a deputada, cria um ambiente mais propício para combater os abusos contra a mulher.

"Hoje há um clima de constrangimento, hoje a brincadeira que alguns homens fazem tentando ridicularizar o combate ao assédio já não tem espaço. Por isso que a campanha "não é não" está em cada corpo como uma tatuagem, no corpo e na alma da sociedade brasileira", destacou.

A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) lembra ainda que tradicionalmente a bancada feminina da Câmara contribui de maneira direta em campanhas contra a violência e o assédio. Ela considera a Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06) uma das mais completas do mundo e destaca seu constante aperfeiçoamento. A parlamentar se engajou na mobilização da ONU Mulheres e, durante o Carnaval de Salvador, sairá em um bloco batizado com o slogan da campanha.

 

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