© Sumaya Hisham/Reuters
O Congresso Nacional Africano (ANC), partido no poder na África do Sul, decidiu nesta terça-feira (13) exigir a renúncia do presidente Jacob Zuma. "O Comitê Nacional Executivo (NEC, órgão de decisão do ANC) decidiu apelar seu camarada Jacob Zuma", declarou o secretário-geral do partido, Ace Magashule, reforçando que a data para o cumprimento da decisão não foi definida.
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"Nós não fornecemos a ele nenhuma data limite" para o cumprimento da ordem, que não é vinculativa, acrescentou, em coletiva de imprensa em Joanesburgo. Segundo o partido, Zuma responderá à ordem de renúncia nesta quarta-feira (14).
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Ontem (12), o ANC deu ao presidente sul-africano o prazo de 48 horas para ele renunciar, do contrário será retirado do poder, informou a TV estatal. Após uma reunião emergencial de mais de oito horas, o líder do ANC e vice-presidente, Cyril Ramaphosa, entregou o ultimato pessoalmente a Zuma em sua residência.
"Obviamente alcançamos o fim da rua com o homem, vamos fazer o seu 'recall'", disse um membro do executivo ao canal sul-africano "News 24". 'Recall' é o termo usado no país para o procedimento de retirada do poder do presidente. Zuma liderou o ANC por 10 anos, de 2007 a 2017, e é presidente da África do Sul desde 2009. Contudo, o seu governo está marcado por vários escândalos e acusações de corrupção, bem como uma série de moções de censura e de não confiança. (ANSA)